sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mercado de engenharia de produção na Bahia -

Revistas Artigo
Profissionais de ponta
.Cenário econômico favorece avanço da engenharia de produção no Brasil
Data: 01/10/2005 Revista > Edição 13 > Pag. 7

Planejamento, gestão tecnológica e industrial, produtividade com equilíbrio e eficiência. Essas são algumas das palavras-chaves da engenharia de produção, um segmento profissional que vem ganhando importância e espaço na área tecnológica nas últimas décadas. Contando hoje com cerca de 180 cursos de graduação em operação (sete vezes mais que há oito anos) e um quadro de aproximadamente 20 mil alunos, conforme dados da Associação Brasileira de Engenharia da Produção (Abepro), este é um setor em franco crescimento no campo das engenharias e vem se firmando como uma atividade estratégica para melhoria dos processos produtivos.

A ampliação das oportunidades de atuação neste campo de trabalho está fortemente vinculada à complexidade econômica que o país vem ganhando nos últimos 20 anos. Apesar da crescente necessidade da atuação de profissionais preocupados com a melhor forma de gerenciar os problemas da produção gerados por este crescimento, o Brasil tem ainda um grande déficit de mão-de-obra em atividade nessa área, pelo fato de haver iniciado tardiamente a formação de especialistas, como afirma o diretor-técnico da Abepro e doutor em engenharia mecânica, Gilberto Cunha. "Apenas em alguns estados, principalmente em São Paulo, há um histórico mais antigo de implementação deste campo. Isto faz com que exista, no caso dos paulistas, uma cultura bem mais consolidada de engenharia de produção", complementa.

Otimização do processo produtivo

Durante o século XX, com o surgimento da automatização de máquinas e de processos administrativos mais complexos nas empresas, principalmente em relação à informatização, a importância da gestão dos recursos materiais e tecnológicos se tornou mais explícita. "Com o fenômeno da globalização, potencializou-se esta necessidade de ganho em eficiência em produtividade, qualidade, flexibilidade, capacidade de integração e otimização do emprego de recursos. Assim, tivemos o boom da engenharia de produção no mundo todo, nos anos 80: fenômeno que chegou com uma década de atraso ao Brasil", explica Cunha. Para ele, o profissional é vital na obtenção da competitividade de qualquer economia no mundo de hoje. "Seu espectro de atuação abrange todos os setores econômicos de um país, pois os instrumentos criados em sua base de conhecimento têm aplicabilidade em empresas de qualquer setor, não apenas o industrial", ressalta.

O coordenador do colegiado do curso de engenharia da produção civil da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), engenheiro Carlos Antônio Alves Queirós, esclarece que esse tipo de profissional tem sua formação vinculada à gestão e ao gerenciamento, isto é, preocupa-se em produzir sem devastar o patrimônio ambiental de uma região ou do planeta. O engenheiro explica que, para isso, obtém-se uma sólida formação em engenharia, informática e administração, acompanhada de disciplinas próprias de ciências humanas, o que o habilita a atuar em diversas áreas do mercado de trabalho. "Os engenheiros de produção são importantes pela sua formação diferenciada, por ser um novo olhar e uma nova reflexão sobre as questões antigas e as questões do mundo moderno informatizado e globalizado", enfatiza Queirós, que também é economista com especialidade em gerenciamento da construção civil.

Engenharia X administração

Apesar de algumas similaridades aparentes, o engenheiro de produção possui diferenças importantes em relação a um administrador de empresas. No caso da administração, há uma característica mais analítica, focada nos negócios, voltada para o empreendedorismo e concentrada na gestão dos processos administrativos e organizacionais de uma estrutura empresarial. A engenharia de produção está mais preocupada com a resolução de problemas e com o gerenciamento dos processos produtivos no interior desta estrutura, sem perder de vista a relação com o mundo exterior ao ambiente da fábrica, indústria ou empresa.

Formado há cinco anos em engenharia de produção mecânica e atualmente trabalhando como superintendente de manufatura em uma indústria multinacional do setor automobilístico na Bahia, o paulista Celso Rebolho Colli reafirma algumas dessas diferenças entre a administração de empresas e a função que exerce. Ele explica que o papel do administrador é fazer, por exemplo, com que a matéria- prima chegue à empresa. A partir daí, o engenheiro de produção vai trabalhar com as informações do profissional de administração para otimizar as atividades, lidando diretamente com as questões operacionais da produção. "Para este tipo de engenharia, é preciso conhecer administração de pessoas, de produtos, saber gerenciar, tem que ter uma ênfase em manutenção e uma visão global do processo produtivo", avalia Colli.

Mercado baiano

A Bahia tem hoje o 6º PIB brasileiro e sustenta um dos maiores parques industriais do Nordeste. Este quadro econômico em expansão propicia um contexto que requer maior planejamento e melhor gerenciamento econômico e tecnológico. "O mercado de trabalho atual para os engenheiros de produção no estado e principalmente na região metropolitana de Salvador está em franco crescimento. A nossa expectativa é que, mantidas as taxas de crescimento da economia baiana, a tendência é de ampliação das oportunidades de trabalho", analisa o professor Carlos Antônio Alves Queirós.

Alguns profissionais especializados em outros campos da área tecnológica também começam a perceber este crescimento. Com uma bagagem de 20 anos de experiência atuando como técnica em instrumentação industrial, Luiza de Marilak Cotrim Amoedo se formou há um ano em engenharia da produção mecânica, pela Unibahia. Desde então já atua na área, coordenando projetos de uma empresa do Pólo Petroquímico. A engenheira também vê com otimismo a consolidação deste setor nos próximos anos. "É um mercado em expansão. As fábricas do Pólo, por exemplo, buscam gente formada nessa área, não só na linha mecânica quanto na petroquímica. Todos os meus colegas de faculdade estão exercendo atividades neste campo de trabalho. Há uma grande demanda por este profissional hoje na Bahia, e a tendência é que isso continue em crescimento devido ao processo de modernização e informatização que o setor industrial vem passando no estado", analisa..





Rotina

O engenheiro de produção trabalha com planejamento, projetos, execução, avaliação, aperfeiçoamento e manutenção de sistemas voltados para o desenvolvimento de bens e serviços, envolvendo a gestão de recursos físicos, humanos, tecnológicos, naturais e financeiros. Seu papel é dar maior eficiência à engrenagem produtiva, evitando desperdícios, melhorando o desempenho das diversas etapas através da consolidação de uma visão ampla de todo o processo de produção.





Formação

De modo geral, o engenheiro de produção é formado por um curso regular de graduação. Também existem pós-graduação, do tipo especialização, mestrado ou doutorado na área. No link http://www.abepro.org.br/cursos.asp, a Abepro disponibiliza uma lista com o levantamento dos cursos em operação no país. Segundo esta relação, existem hoje na Bahia cinco cursos de graduação. De modo geral, o engenheiro de produção é formado por um curso regular de graduação.

Fonte: http://www.creaba.org.br/ListagemRevista/0/Todas-As-Revistas.aspx

Quais os maiores problemas que um Líder pode confrontar no dia-a-dia em uma pequena empresa?

Em que área da eng. de Produção você quer se especializar?