sexta-feira, 15 de abril de 2011

CNI lançará plano para aumentar oferta de engenheiros ao mercado de trabalho

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai lançar o Plano Nacional de Engenharia para reduzir a evasão e o preenchimento de vagas ociosas nos cursos na área em instituições públicas e privadas do país. A ideia é entregar ao governo até o final do mês um conjunto de propostas com o objetivo de aumentar a oferta de engenheiros no mercado de trabalho.

Segundo comunicado divulgado hoje (14) pela entidade, o plano está sendo elaborado pelo Comitê de Engenharia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação, com a participação da CNI, por meio do programa Inova Engenharia.

Dados da confederação mostram que a evasão nos cursos de engenharia é superior a 50%, sendo que a maioria deixa a faculdade nos dois primeiros anos. Para a entidade, se a economia brasileira crescer mais de 4,5% ao ano, a oferta desses profissionais ao mercado estará saturada em menos de dez anos.

O Brasil, informou a CNI, forma menos engenheiros por ano do que a Rússia, a Índia e a China, integrantes do chamado Brics, grupo que também inclui a África do Sul.

De acordo com a confederação, o Brasil forma a cada ano menos de 40 mil engenheiros, enquanto esse número chega a 120 mil na Rússia e a 300 mil na Índia. Na China, o total ultrapassa 400 mil.

Na última terça-feira (12), a presidenta Dilma Rousseff, que está em viagem à China, anunciou um projeto de investimento da Foxconn no Brasil, no valor de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 18,9 bilhões), na área de tecnologia da informação. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, o investimento deverá gerar 100 mil empregos, entre eles, para 20 mil engenheiros.

Da Agência Brasil

Fonte: Diario de Pernambuco

sábado, 9 de abril de 2011

Brasil forma quase três vezes menos engenheiros do que países da OCDE

Amanda Cieglinski

Brasília – As áreas preferidas de formação dos estudantes brasileiros no ensino superior são ciências sociais, negócios, direitos e serviços (37,1%) e humanidades, artes e educação (29,3%). É o que mostra levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais, Ernesto Faria, do portal Estudando Educação, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os números apontam que o Brasil forma quase três vezes menos engenheiros do que os países desenvolvidos que fazem parte do grupo.

O estudo reuniu dados sobre 36 países. Entre todos eles, o Brasil tem o menor percentual de formandos em engenharia, indústria e construção: 4,6% do total, enquanto entre os países da OCDE a média é de 12%. Na Coreia do Sul e no Japão, por exemplo, os formandos nessas áreas respondem por 23,2% e 19% do total, respectivamente. O outro país latino-americano incluído na pesq, o Chile, tem 13,7% de titulados nessa área do total de concluintes.

O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, afirma que a pasta já trabalha para mudar esse quadro. Uma “sala de situação” está mapeando - junto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e outros órgãos do governo - quais áreas do conhecimento, inclusive as engenharias, precisarão ter um aumento no número de profissionais formados para atender as demandas do país nas próximas décadas.

“Com a expansão do Reuni [Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, lançado em 2007], dobramos a matrícula nos cursos de engenharia. Então, no horizonte de uns cinco anos, já teremos uma mudança porque os concluintes vão aumentar muito. Mas, independentemente disso, temos que avançar mais. Estamos levantando a demanda estado por estado e as necessidades de cada especialidade”, explica Costa.

Segundo o secretário, o diagnóstico deve ficar pronto nos próximos dois meses. Preliminarmente, ele aponta a engenharia naval como uma das áreas em que será necessário grande esforço. O plano será apresentado às instituições, mas elas têm autonomia para decidir onde preferem investir.

“Estamos fazendo uma projeção até 2050 porque precisamos ter uma visão estratégica do que o país precisa. O Estado vai agir como um tutor, respeitando a autonomia das universidades. Será um trabalho de convencimento, mostrando esses resultados. Em alguns casos, se for do interesse do governo, podemos propor editais”, afirma.

Mas aumentar o número de vagas e estimular a matrícula dos alunos em cursos específicos não será suficiente para melhorar o quadro. Outro problema que precisa ser atacado é a alta evasão das engenharias. “Dos mais de 100 mil que entram, saem 35 mil”, aponta o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro. A entidade tem um projeto para estimular a entrada dos estudantes do ensino médio nos cursos e melhorar a qualidade da formação. Ele avalia que o cenário está evoluindo. A previsão é que 50 mil se formem em 2011 e o ideal, segundo ele, seria chegar a 80 mil titulados anualmente.

“Havia muita evasão porque o curso é difícil e as oportunidades de trabalho eram pequenas, os alunos não tinham estímulo para terminar. Hoje a gente começar a ter uma outra visão porque os estudantes começam a trabalhar ainda na faculdade e já saem empregados em função do crescimento do país”, avalia.

Para reduzir o abandono, é importante ainda melhorar a qualidade do ensino médio para que os alunos consigam acompanhar o curso sem dificuldade. Pinheiro conta que algumas instituições têm gastado algum tempo, no início da graduação, para reforçar os conteúdos que os alunos deveriam ter aprendido na educação básica em áreas como matemática. Costa admite que é preciso otimizar o fluxo. “O problema precisa ser trabalhado internamente nas universidades”, diz.

fonte: Jornal do Brasil

Desafio: Precisa-se de engenheiros

O cálculo parece simples, mas a equação é complexa. O país formou, em 2010, 
pouco mais de 38 mil engenheiros, mas precisaria, de, no mínimo, 75 mil para sustentar o crescimento de 7,5% verificado no ano passado, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para complicar, a evasão dos cursos é alta. Em Juiz de Fora, passa de 30%. Dos que seguem nas salas de aula até o final da graduação, nem 40% atuam no ramo em que se formaram. A reclamada falta de qualificação completa o quadro contrastante com a economia aquecida e a demanda crescente por este profissional, em função de grandes projetos na área de infraestrutura, como o pré-sal, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Para o diretor da Faculdade de Engenharia da UFJF, Hélio Antônio da Silva, a questão central 
não é criar mais cursos ou vagas, mas reduzir a evasão, considerada elevada. Segundo ele, são vários os motivos que levam ao abandono da graduação. A formação deficitária na área de exatas na educação básica, que dificulta o acompanhamento do curso, é o principal problema. De acordo com Hélio, das 190 mil vagas para os cursos de engenharia oferecidas no país, pouco mais de 60% são preenchidas.

Na sua opinião, não há a "mínima condição" de a mão de obra existente hoje suprir os investimentos previstos para o país. " O Brasil cresceu, não se fez investimentos necessários 
em educação e faltou engenheiro. Não nos preparamos para isso."

O emprego em Engenharia foi tema de estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado este mês. "De uma forma generalizada, não é um problema quantitativo. O Brasil tem engenheiro em número suficiente para atender a demanda da indústria", atesta o pesquisador Paulo Meyer Nascimento. Para ele, pode existir escassez específica em algumas ocupações, como Engenharia Naval e de Telecomunicações. Para ele, a questão central é que pode estar faltando engenheiro com a qualidade de formação e as competências que o mercado demanda.

O pesquisador identificou, ainda, aumento dos custos das empresas, em função da necessidade de transferir mão de obra para regiões em desenvolvimento e treinar os mais jovens, diante 
da relativa escassez de profissionais mais experientes. A avaliação é que muitos teriam migrado para ocupações mais rentáveis, especialmente administração e economia, em função da estagnação nas décadas de 80 e 90. O aumento da proporção de engenheiros atuando na área e a evolução dos salários ante os demais profissionais são fatores já percebidos, que sinalizam aquecimento do mercado, diz. "A evolução pode estar indicando recuperação da atratividade da carreira."

Setor teme invasão de estrangeiros no mercado


O tema também foi discutido no Fórum de Debates do Sindicato dos Engenheiros de Minas 
Gerais (Senge-MG) realizado no dia 17. Para o presidente da entidade em Juiz de Fora, João Vieira de Queiroz Neto, a escassez é uma realidade local. Na cidade, o aquecimento da construção civil teria impulsionado a procura por estes profissionais. "Constantemente nos solicitam indicação, mas não temos. Quando aparece o candidato, não é bem qualificado." Uma preocupação é quanto à demanda provocada por Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil. Para João, se os profissionais não estiverem preparados e as entidades de classe, fortalecidas, o mercado pode ser "invadido" por profissionais estrangeiros. "É uma deficiência que precisamos corrigir."

O inspetor chefe em Juiz de Fora do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Silvio Rogério Fernandes, vê com bons olhos a abertura do mercado, mas se preocupa com o volume de profissionais vindos de fora. Ele cita como exemplo a China, que forma o dobro de engenheiros ante o Brasil e possui oferta abundante. "Há o risco de importação de projetos, com profissionais embutidos no pacote. A parte mais cerebral, mais exigente, pode não ficar conosco", preocupa-se.

"Estamos no melhor momento. Dificilmente vejo colegas de profissão desempregados. As empresas estão "roubando" profissionais umas das outras", avalia o engenheiro civil Vinícius David, que cresceu acompanhando o pai em canteiros de obra país afora e no exterior. Ao longo dos quatro anos de carreira, passou por três empresas. Há cerca de um ano, trabalha na Galvão Engenharia. "Ao meu ver, teremos, pelo menos, 15 anos de crescimento, impulsionados pelas obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), Olimpíadas e Copa do Mundo, além do pré-sal." De olho neste filão, o engenheiro está se especializando na área de óleo e gás. "Muitos dizem que é o futuro, mas penso diferente. Esta área já necessita de mão de obra especializada há mais de dez anos."

Só metade dos profissionais pode exercer profissão


Para o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Juiz de Fora, João Queiroz, a falta de atrativo no município ainda é a remuneração. Segundo ele, enquanto o salário mínimo profissional equivale a R$ 4.600, o vencimento médio pago na Prefeitura é de R$ 1.800. "A remuneração para o serviço público está muito defasada." Na iniciativa privada, avalia o presidente, o piso seria respeitado. A briga pela equiparação salarial é antiga. A Prefeitura é considerada um dos principais empregadores da cidade. Dos cerca de cem profissionais nos seus quadros, entre 70 e 80 estariam em atividade. A Secretaria de Administração e Recursos Humanos foi procurada, mas não se posicionou sobre o assunto.

Para o inspetor chefe do Crea, a recuperação dos salários da categoria não tem acompanhado 
a demanda do mercado. "Em algumas regiões talvez sim, mas não é uma realidade local." Por esse motivo, muitos que formaram em engenharia continuam migrando para outras profissões, avalia Silvio. Pelas suas contas, dos cerca de dez mil engenheiros inscritos na inspetoria de Juiz de Fora, entre quatro e cinco mil estão em dia com o conselho, condição para o exercício da profissão.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Leomar Delgado, discorda e considera que uma consequência direta da disputa por profissionais qualificados 
é o aumento dos ganhos. "Virou uma mercadoria rara." Diante da falta, diz, os empregadores estão absorvendo até profissionais sem experiência, dispostos a treiná-los no próprio canteiro 
de obras. De acordo com Leomar, há obras adiadas em função da falta de engenheiros, e a importação de mão de obra de outras regiões tem acontecido. Para o superintendente da Associação Brasileira de Construtores, José Irineu Teixeira Neto, não faltam só engenheiros, mas também mestres de obras, pedreiros e trabalhadores de toda a ordem em todo o país.

Cidade exporta talentos para o mundo

Enquanto a possibilidade de importação de mão de obra torna-se cada vez mais real, Juiz de Fora exporta talentos. O juiz-forano Carlos Almeida trabalha há seis meses na Dinamarca e pretende usar a experiência em uma empresa no segmento de energia eólica para voltar ao 
país com vantagem competitiva. Formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal 
de São João Del Rei, pós-graduado em Métodos Estatísticos Computacionais pela UFJF e com gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, Carlos estagiou na Cofab e na Mercedes-Benz e atuou como engenheiro na Becton Dickinson (BD). Foi encontrado por uma empresa de recrutamento suíça pela internet e ganhou a vaga na dinamarquesa Vestas Wind Systems A/S.

De longe, o engenheiro acompanha o mercado nacional e identifica aquecimento para profissionais qualificados. No exterior, pondera, o cenário é outro. "Após a crise econômica, o mercado para engenheiros ficou bem difícil." Na sua opinião, a versatilidade é um diferencial do profissional brasileiro. "Talvez pela estrutura organizacional deficiente na maioria das empresas no país, o profissional agrega à sua função o trabalho de outras." Como dica, recomenda fluência no inglês, "já que a maioria das grandes empresas tem se tornado globais".

Professor visitante da Universidade de Belgrado, na Sérvia, o engenheiro César Queiroz, também atua como consultor internacional e oferece suporte técnico no setor de estradas e infraestrutura de transportes em países, como Índia, Filipinas, Colômbia, Rússia, Ucrânia, Lituânia, Armênia, Azerbaijão, Noruega e Suécia. Ele lembra que, quando se formou (1967), o mercado de trabalho estava aquecido, a exemplo de agora. No currículo, César acumula experiência em quatro empresas, sendo a última, o Banco Mundial em Washington, onde trabalhou até 2006. "Na minha opinião, há grande carência de engenheiros qualificados no país."

Para quem está iniciando a jornada, César recomenda boa base teórica, adquirida nos banco 
da universidade, e atualização constante. Ele, por exemplo, cursou mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorado (Ph.D.) na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. "O conhecimento básico de topografia que adquiri na graduação foi fundamental para que pudesse desenvolver o meu trabalho de doutorado", dimensiona.

Fonte: Ces/jf

Pernambuco participa da maior feira logística da América Latina

Da Secretaria

O Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado no estado de Pernambuco, está participando da 17ª edição da maior e mais importante feira de logística na América Latina, a Intermodal South America. O evento acontece no Transamérica Expo Center, São Paulo, e reúne, em três dias de realização, os principais players do setor de logística, comércio exterior e transporte mundial. A feira conta com expositores nacionais e internacionais vindos da América Latina, América do Norte, Europa e Ásia. Mais de 45 países estarão representados no evento, com mais de 550 empresas expositoras e um público que promete chegar à casa dos 43 mil participantes.

Na oportunidade, o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado e Presidente de Suape, Geraldo Julio, o vice-presidente do Porto de Suape, Frederico Amancio, junto à diretoria e coordenadores da empresa, apresentaram as novas oportunidades de negócios geradas no Complexo de Suape e no estado de Pernambuco, com destaque para o Projeto Suape Global, que visa transformar Pernambuco em um polo provedor de bens e serviços para a indústria de petróleo, gás, offshore e naval.

As estatísticas da administração em 2010, ano no qual Suape completou 32 anos, também vêm sendo divulgadas. Suape está localizado no estande B44 e, no local, uma equipe formada por diretores e coordenadores está divulgando o potencial deste que é o maior canteiro de obras do Brasil, apresentando seus projetos para a área industrial e para a área portuária.

Suape Global - O Complexo Industrial Portuário tem suas atividades voltadas para novos negócios, especialmente aqueles voltados para o foco de sua atuação. Para isso, criou uma série de incentivos para facilitar a atração de novos investimentos nas mais diversas atividades econômicas.

E para ampliar os contatos com investidores o Governo de Pernambuco ousou, criando o Projeto Suape Global, reunindo entidades governamentais, privadas, acadêmicas e bancos públicos (BNDES, BNB, BB e CEF) com o objetivo de fazer do Estado de Pernambuco um polo mundial provedor de bens e serviços para as indústrias de petróleo, gás, offshore e naval, participando assim das oportunidades advindas do descobrimento de imensas reservas de petróleo da camada do pré-sal brasileiro.

Esse Projeto já atraiu 24 empresas envolvendo investimentos de US$ 1,58 bilhão, com a geração de mais de 12 mil empregos diretos e 22 mil indiretos. O Complexo Industrial Portuário de Suape é hoje o maior destino de investimentos privados do Brasil, beneficiado pela sua posição logística privilegiada e infraestrutura completa para atender às necessidades dos mais diversos empreendimentos. Suape é hoje um grande centro concentrador e distribuidor de cargas da região, com importantes polos industriais em desenvolvimento, destacando-se o polo naval, o petroquímico, refino de petróleo, siderúrgico, eólico, automotivo, logístico, e de alimentos e bebidas. São mais de 100 empresas instaladas e 30 em fase de implantação, o que representa cerca de R$ 50 bilhões em investimentos públicos e privados. Tudo isso transforma os 13,5 mil hectares do Complexo na maior locomotiva econômica do nordeste.

A construção de navios, o refino de petróleo e a sua ampla cadeia produtiva representam uma grande oportunidade para o desenvolvimento da indústria local. Dentro do seu Plano de Ações, Suape também desenvolve e articula parcerias para a qualificação profissional e inserção das micro e pequenas empresas no fornecimento de bens e serviços para os grandes empreendimentos. As obras da Refinaria Abreu e Lima e das três plantas da Petroquímica Suape estão a todo vapor. O Estaleiro Atlântico Sul lançou ao mar o seu primeiro navio, representando a retomada da indústria naval brasileira.

No final do ano de 2010, o Complexo Industrial Portuário comemorou mais duas grandes conquistas: a chegada da Companhia Siderúrgica Suape (CSS), com investimentos de R$ 1,5 bilhão e capacidade para produzir um milhão de toneladas de aços por ano e, sem pisar no freio, atraiu a FIAT, que irá construir no estado uma planta capaz de produzir 200 mil veículos por ano, atraindo ainda mais de 50 empresas fornecedoras e representando um investimento total na cadeia automobilística de R$ 8 bilhões.

Porto do Recife também marca presença

Aproveitando o bom momento econômico que Pernambuco vive, o Porto do Recife também está presente na Intermodal. O diretor-presidente Pedro Mendes, acompanhado do diretor de Operações e Engenharia, Hermes Delgado, e de Relações Comerciais, Alfredo Menezes, além do gerente de Negócios, Carlos Vilar, tem a missão de atrair novas empresas para operar no ancoradouro recifense.

Grandes negócios já foram fechados durante a feira, e este ano não deve ser diferente. Em 2010, por exemplo, o Porto do Recife fechou acordo com a Rodrimar, empresa paulista que começa a operar contêineres ainda este mês no cais. O negócio representou um grande passo para a renovação do Porto do Recife, que há quase seis anos não embarcava cargas conteinerizadas. A expectativa é que movimentação traga um incremento de R$ 3,2 milhões na receita do ancoradouro, um acréscimo de quase 15% no balanço anual.

A Intermodal é uma excelente vitrine para mostrar ao público as transformações em curso no cais recifense. O Governo do Estado está investindo cerca de R$ 8,5 milhões na reforma de armazéns e pátios de contêineres, recuperação das vias terrestres, modernização do silo portuário, construção da Estação de Transbordo e da segunda parte do Terminal Marítimo de Passageiros e manutenção da dragagem. A obra de aprofundamento, concluída no final de 2009, com recursos do PAC do Governo Federal, foi o primeiro passo da retomada das operações de grandes cargas no Porto do Recife. O aumento do calado, agora com 11,5 metros, tornou o canal de acesso e a bacia novamente adequada para receber grandes navios e estimulou o crescimento de novas operações no cais.

As obras estruturadoras estão dando mais vitalidade à parte operacional do Porto do Recife, tornando-o mais competitivo e estratégico. Resultado disso é que a cada mês o ancoradouro vem ampliando o embarque e desembarque de cargas. Nos três primeiros meses de 2011, houve um acréscimo de 10,5% nas toneladas movimentadas no cais.

Ad-Diper leva informações sobre plataforma multimodal de Salgueiro à Intermodal

Localizada no cruzamento das BR 232 com a BR 116, a sede do município de Salgueiro, a 520 quilômetros da capital Recife, se coloca numa posição favorável aos empreendimentos que têm como objetivo atender a mercados de bens e serviços das regiões Nordeste e Centro-Oeste. É justamente nesse município, cravado no “coração nordestino”, que o Governo de Pernambuco aposta para ser o novo pólo logístico do Brasil, através da viabilização da Plataforma Logística Multimodal Miguel Arraes de Alencar.

A plataforma está sendo desenvolvida combinando o conceito de central de inteligência logística com o de multimodalidade, telemática e otimização de fretes. Ela será erguida numa área de 301,5 hectares, no entroncamento da BR-232, BR-116 e Ferrovia Transnordestina, tendo tudo para ser o centro articulador do vasto espaço da fronteira agrícola do Nordeste, que, em contato com a ferrovia Norte-Sul promoverá a integração do Nordeste com o Centro-Oeste.

A Plataforma Logística de Salgueiro pode ser encarada como um projeto de desenvolvimento regional que tem entre seus objetivos atrair plantas industriais apoiada em vários elementos, como os projetos estruturadores nordestinos: a Integração das Bacias do Rio São Francisco, o Canal do Sertão, a Hidrovia do São Francisco e a Ferrovia Transnordestina, todos de grande potencial para fornecimento de insumos industriais. A excelente posição logística, o oferecimento de facilidades alfandegárias, com a existência de uma Estação Aduaneira interna à Plataforma, e os lotes reservados à implantação de um parque agroindustrial, com 68,94 hectares, também contribuem para os diferenciais do projeto pernambucano.

Com essa configuração, a Plataforma Logística Multimodal garantirá uma rede logística nacional integrada, com a participação dos modais rodoviário, ferroviário, aeroportuário em Salgueiro, articulado com o marítimo no Complexo Industrial Portuário de Suape, na Região Metropolitana do Recife, e o hidroviário em Petrolina, município do Sertão do São Francisco.

As potencialidades da plataforma fazem o Governo de Pernambuco projetá-la como “a Suape do Sertão”, numa analogia ao melhor porto do Brasil, localizado entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, cujo crescimento segue em ritmo espantoso nos últimos quatro anos. O “boom” do Complexo Industrial Portuário de Suape tem forte influência de empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima, as plantas petroquímicas de POY, PTA e PET, o Estaleiro Atlântico Sul e, mais recentemente, a montadora Fiat e a siderúrgica CSS, que, juntos, somam US$ 19 bilhões em investimentos.

“Salgueiro é onde o Sertão vai virar porto. Estamos sendo bem demandados por empresas de vários setores e ramos de atividade. Já temos plano diretor e estamos fazendo os projetos básicos e executivos da plataforma logística”, afirma Márcio Stefanni, diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico responsável pela implantação do empreendimento.

Fonte: Blog de Jamildo

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