domingo, 4 de novembro de 2012

Faltam 150 mil engenheiros no País, diz Confea



Faltam 150 mil engenheiros no País, os que estão trabalhando aparecem entre os profissionais mais bem pagos do mercado e, mesmo assim, apenas 10% dos universitários brasileiros cursam carreiras ligadas às engenharias – sem contar os que devem desistir pelo caminho e abandonar a faculdade. Um cenário pouco animador que escancara um dos gargalos do sistema educacional – e que afeta a capacidade de produção e inovação da indústria.
Para se ter uma ideia, o País tem hoje seis engenheiros para cada mil pessoas economicamente ativas – nos Estados Unidos e no Japão, por exemplo, a proporção é de 25 engenheiros por mil trabalhadores, segundo Financiadora de Projetos (Finep), órgão do governo federal. O déficit de 150 mil profissionais foi projetado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“Estima-se que, pelos investimentos que estão previstos, o Brasil precisaria de cerca de 300 mil profissionais de engenharia para os próximos cinco anos”, afirma José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Ele cita as empresas que estão se instalando no País, obras do PAC, a Copa do Mundo e a Olimpíada. “Nos últimos dez anos, a média anual de emissões de registros tem sido de 43 mil, o que somaria 215 mil profissionais aptos para o mercado de trabalho em 2016.”
A falta de profissionais tornou os engenheiros os trabalhadores mais bem pagos do mercado – ao lado de médicos (que também existem em número inferior ao necessário) e graduados em carreiras militares – segundo estudo feito pelo economista Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e da Universidade de São Paulo (USP).
Com base nos dados do Censo, o economista reuniu informações sobre os 10,6 milhões de brasileiros com diploma universitário em 2010 (e os 5,4 milhões na mesma situação em 2000) e seus respectivos salários. A conclusão foi que, em média, um engenheiro recebe hoje remuneração mensal de R$ 7.156 – valor 20,6% superior ao salário médio da categoria em 2000.
Formação – A valorização do profissional e a carência deles no mercado ocorre porque, na última década, o número de formandos não acompanhou o ritmo dos novos postos de trabalho. “A demanda aumentou e a oferta diminuiu”, afirma Menezes. “A evolução do salário médio se deu justamente porque a economia do País está precisando muito desses profissionais.”
Em 2000, o Brasil tinha 141,8 mil engenheiros civis. Dez anos depois, eles eram 146,7 mil. No entanto, apesar do pequeno aumento, a proporção de graduados em Engenharia em relação ao total dos graduados caiu de 2,76% para 1,45%. O mesmo aconteceu com Medicina. O número de médicos cresceu pouco entre 2000 e 2010, saindo de 207 mil para 225 mil. E a proporção no total da população diplomada caiu de 4,04% para 2,23%. “É o que chamamos de apagão de mão de obra qualificada”, resume Menezes.
Cenários semelhantes ocorrem em outras carreiras tidas como mais técnicas, como as demais Engenharias, Odontologia, Estatística e Economia. Isso ocorre porque, apesar de aumentar o número de universitários, cada vez mais os jovens têm procurado os cursos de humanas em detrimento aos de exatas e biológicas.
O número de jovens formados em Administração, por exemplo, subiu de 594 mil para 1,473 milhão entre 2000 e 2010. Dentre os diplomados do País, a participação do grupo saltou de 11,6% para 14,6% no mesmo período. A demasiada oferta teve um reflexo negativo no salário médio da categoria, que atingiu R$ 3.791 em 2010 – um recuo de 17,8% em uma década.
O desinteresse do jovem pelas carreiras de exatas e biológicas, de acordo com especialistas, está ligado à pouca qualidade da educação básica – que também carece de professores de matemática, física e química, aulas supridas, em muitos locais, por professores de outras disciplinas, sem a formação adequada. Sem aprender os conhecimentos básicos de matemática, o estudante passa a não gostar da disciplina e, assim, dificilmente terá interesse em seguir uma carreira ligada à área.
Dados do Censo do Ensino Superior, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que apenas 10% dos universitários brasileiros estão matriculados em carreiras ligadas à Engenharia, Produção e Construção. O grupo formado por Ciências Sociais, Negócios e Direito (que inclui o curso de Administração) representa 41% das matrículas das graduações. A área de Educação (curso de Pedagogia e as licenciaturas) somam 21%.
Pouca oferta. João Luiz Maurity Sabóia, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca também a pouca oferta de vagas de exatas e biológicas nas instituições públicas. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as universidades particulares respondem por 83,2% das matrículas de estudantes no ensino superior.
“A maior parte dessas instituições não está interessada em oferecer cursos de Engenharia ou Medicina, pois eles são muito caros e as pessoas não teriam condições de pagá-los”, diz Sabóia. O encarecimento dos cursos de caráter técnico se dá, principalmente, pela necessidade de investimentos em equipamentos, laboratórios e tecnologia.
“Não há como formarmos um médico ou um engenheiro sem que ele tenha colocado em prática a teoria que lhe foi passada”, afirma Sabóia. “Por questões de segurança, inclusive, tais profissões exigem uma qualificação muito específica que não pode ser transmitida por aulas simplesmente expositivas.”
Segundo o diretor de operações da empresa de recrutamento especializado Robert Half em São Paulo, Fernando Mantovani, as empresas têm se virado como podem diante. “Algumas têm deixado vagas em aberto; outras estão trabalhando na capacitação de profissionais, oferecendo horas de treinamento ou firmando parcerias com entidades ou até com as universidades”, afirma.
Montovani aponta ainda uma terceira saída adotada por algumas organizações, a importação de mão de obra. “Estas ainda são muito poucas, pois ainda é bastante complicado trazer gente de fora para trabalhar no País.”
(Fonte: Tribuna Hoje / Estadão)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

KAIZEN: Baixando os custos e melhorando a qualidade


O professor japonês Masaaki Imai é conhecido como o pai do Kaizen, a metodologia japonesa que enfatiza a melhoria contínua. Em outubro, esteve no Brasil, onde apresentou duas palestras, uma dirigida a empresários e outra a acadêmicos.
Nelas, discorreu sobre o conceito de melhoria contínua gradual em todos os níveis de uma organização, começando com o local onde ocorre o trabalho (gemba, em japonês).
O Kaizen é baseado na filosofia e nos princípios socioculturais orientais e exige o comprometimento de todos os indivíduos da empresa, desde o operário até o gerente. Consiste numa forma de gestão orientada para a maximização da produtividade e da rentabilidade e que não implica em significativo aumento de custos. As atividades da metodologia envolvem não apenas os processos produtivos, mas também as áreas de marketing, vendas, desenvolvimento, administrativas e financeiras. Os benefícios para as empresas ocidentais são: aumento de produtividade sem investimentos significativos; reduções nos custos de produção; capacidade de realização às mudanças de mercado e motivação dos colaboradores.
Para o professor japonês, “o erro principal de muitos profissionais e consultores da qualidade é depender demasiado da tecnologia ou de ferramentas sofisticadas, notadamente estatísticas, é de serem viciados em aplicações computacionais ou mapas muito complexos que só uma elite acaba por conseguir fazer ou perceber”.
 Masaaki Imai nasceu em 1930, na cidade de Tóquio. Graduado em Relações Internacionais, em 1955, pela Universidade de Tokyo, Imai trabalhou durante vários anos na Toyota. Promoveu diversas missões japonesas aos Estados Unidos, para completar a formação dos executivos das empresas japonesas e vice-versa, contribuindo para o intercâmbio entre dois países. Imai fundou a Cambridge Corp. em 1962, onde operou como consultor de companhias japonesas. Em 1986, fundou o KAIZEN Institute, em Austin, Texas, para ajudar a introduzir os conceitos do KAIZEN nas companhias ocidentais. Desde então, a metodologia se tornou popular entre os executivos dos Estados Unidos. Como professor, prepara altos executivos para implementar, nas suas empresas, as técnicas e conceitos do KAIZEN, estruturando um sistema de gerenciamento total, plenamente integrado com as estratégias corporativas, objetivando alcançar o nível Dantotsu, isto é, o melhor dos melhores. Imai é autor de nove livros que tratam do kaizen e tópicos relacionados à administração, que serviram de base para inúmeras empresas aplicarem a filosofia KAIZEN.
Nesta entrevista, traduzida pela jornalista Maricy Queiroz, publicada na revista Quality Digest, de outubro de 2005, e feita por Laura Smith, ele discute a história, a evolução e o futuro do KAIZEN.

O KAIZEN tem uma longa e bem-sucedida história no Japão. Pode explicar suas raízes e como ele evoluiu por lá?

Imai: Kaizen é uma palavra japonesa que significa melhoria. A palavra foi usada no Japão por muitos anos como parte do vocabulário diário. Entretanto, desde o meio do século XX, a palavra adquiriu um novo significado entre as companhias industriais em Japão. Veio representar a prática de melhoria eliminando desperdícios e envolvendo todos os empregados, sem gastar muito dinheiro. Nos últimos 50 anos, as companhias japonesas usaram o KAIZEN para criar uma vantagem competitiva. No fundo, o KAIZEN permite às companhias baixarem custos e melhorar a qualidade e a variedade do produto. Se mantido, o KAIZEN é uma arma poderosa contra as concorrentes.

O senhor disse que os executivos americanos não usaram o KAIZEN e as técnicas Just-in-time (JIT) tão eficazmente quanto os outros líderes. Por que?

Imai: Em minhas observações, há duas razões preliminares para esta afirmação. A primeira é que os executivos ocidentais tendem a acreditar que melhorias substanciais custam muito dinheiro. Parecem pensar que devem ter o estado da arte da tecnologia e os equipamentos mais avançados para melhorar. Eu chamo isto de approach da inovação. Embora a inovação seja uma parte importante do progresso, é somente um dos componentes. O KAIZEN e a padronização são igualmente importantes para manter um negócio de sucesso. A lenta adoção ocidental do KAIZEN também é resultado do foco em resultados de curto prazo. Os gerentes ocidentais estão sempre procurando a solução de próxima “bala de prata”. Finalmente, o sucesso do KAIZEN requer mudança de cultura e isto é algo que os gerentes ocidentais não são treinados para fazer.

Num estágio perfeito, como o KAIZEN deve ser usado?
Imai: O KAIZEN requer uma mudança na percepção – uma mudança da cultura – de todos na organização. Todos devem, constantemente, identificar todos os tipos diferentes de desperdício no trabalho para poder eliminá-los. O mais importante é que isso requer apoio dos superiores. Sempre que o KAIZEN não é executado com sucesso, 99% do tempo é porque a administração superior não o compreendeu ou não teve o compromisso necessário para executá-lo corretamente.

O KAIZEN pode ser usado também para melhorar a moral dos empregados?
Imai: A moral dos empregados e a redução da troca de empregados são práticas do KAIZEN. Os empregados têm o poder e o conhecimento para mudar a maneira com que trabalham para torná-lo mais eficiente, e isto cria uma satisfação muito grande. O KAIZEN também auxilia as companhias porque pessoas boas querem trabalhar para boas empresas. A beleza do KAIZEN é que, se você fizer disso um compromisso e fizer o trabalho duro, não há nenhuma desvantagem.

O senhor disse que as companhias americanas negligenciaram o chão de fábrica e colocaram demasiados recursos em finanças, em marketing, em P&D e em engenharia. Acha que isto ainda é verdadeiro?
Imai: Eu não quero dar a impressão que o marketing, a engenharia, a pesquisa e desenvolvimento, etc não são importantes, mas o que eu quis dizer é que muitas companhias não compreendem a importância do gemba, ou onde é fabricado o produto. Para uma empresa de manufatura, isto é chão de fábrica. Para uma prestadora de serviços, é o lugar onde o cliente interage com a companhia e, às vezes, onde as funções de atendimento ao cliente são executadas. Os clientes querem pagar somente pelo trabalho de valor agregado, não por todas as despesas gerais, transporte e serviços internos de uma empresa. Embora estas atividades sejam necessárias, o custo destes ítens deve ser minimizado para fornecer qualidade mais elevada e preço mais baixo possível.

O senhor pode explicar mais sobre o GEMBA e como ele é usado no Japão e em outros lugares?
Imai: No Japão, o GEMBA é considerado como uma das responsabilidades mais sagradas da gerência, porque é onde a satisfação de cliente está. Os gerentes ocidentais geralmente não focam o GEMBA, não é um exagero dizer que o GEMBA é a sua última fronteira. Uma das chaves para o sucesso do KAIZEN é o íntimo conhecimento que os superiores têm do GEMBA. O KAIZEN não funcionará a menos que os líderes entrem no local de trabalho para observar o que está sendo feito. Eu sempre digo que é possível avaliar o sucesso de uma companhia apenas observando o GEMBA. Isto acontece porque o KAIZEN começa no GEMBA e porque os outros departamentos e processos devem ser projetados para apoiá-lo.

O senhor acha que as companhias americanas têm melhorado suas técnicas de KAIZEN? Como podem promover sua melhoria?
Imai: Muitos sistemas KAIZEN surgiram da prática e não das teorias ou das tecnologias. Um dos axiomas mais importantes do KAIZEN é: “faça-o, e faça-o agora no GEMBA”. É um processo de aprender fazendo. Primeiramente, os gerentes devem coletar bons exemplos e oferecer oportunidades para todos os empregados colocá-los em prática. É muito importante não procurar “a bala de prata” o tempo todo. Raramente deseja aquele software específico ou uma dispendiosa máquina. A dedicação constante, a qualidade de primeira e a eliminação de desperdícios é difícil, mas é essencial no ambiente econômico de hoje. Uma iniciativa, ou uma inovação, ao sabor do tempo não é suficiente.

Como o senhor vê o movimento da qualidade daqui há cinco anos? E em 20 anos?
Imai: No futuro, o KAIZEN será expandido do chão de fábrica à gerência. Isto significa que devemos melhorar a P&D, o desenvolvimento de produtos novos e a preparação da produção. Há algumas ótimas oportunidades de expansão dos princípios e conceitos do KAIZEN nas áreas de apoio, e há muita “gordura escondida” nos gastos gerais de muitas organizações, em especial nas grandes. Há também enormes oportunidades para o KAIZEN em empresas de serviços e de cuidados com a saúde.

Há muito tempo, os executivos têm sido acusados por sua obsessão com o crescimento. O crescimento é sempre uma boa estratégia para as empresas?
Imai: Justamente, porque a manutenção dos recursos se transformou em um atrativo para os executivos, nós devemos entender que os dias de crescimento inesgotável acabaram. Para quase todos os tipos de mercado, nós temos um número demasiado grande de companhias concorrentes. No entanto, nós estamos vendo novas companhias aliar-se com países industriais emergentes. Necessitamos desenvolver essas aproximações para manter lucros razoáveis sem crescimento. Isto significa fazer o uso melhor dos recursos disponíveis, e isto pode ser feito corretamente empregando-se o KAIZEN. Os recursos do mundo estão sendo esgotados e é de senso comum que o crescimento sem sustentabilidade não é possível em longo prazo. A menos que possamos achar uma maneira de usar energia e materiais renováveis, criar sistemas sustentáveis, o crescimento cairá lentamente e tenderá a reverter-se. Não há nenhuma outra opção.

O senhor advoga o uso do JIT diferente daquele praticado pela maioria das companhias americanas. Explique as diferenças e o que o JIT significa para o senhor?
Imai: Na América, o JIT é visto primeiramente como uma ferramenta para reduzir o tempo de produção. Em minha opinião, o Just in time é uma estratégia para eliminar continuamente o desperdício de um sistema e mantê-lo dentro do programado. No Japão, o JIT significa o tempo certo, a quantidade e a qualidade exatas e a qualidade correta. Muitas companhias ocidentais reinvidicam terem aplicado o JIT sem minimizar o desperdício verdadeiramente. Continuam produzindo acima do limite com uma taxa relativamente elevada de defeitos, guardam quantidades elevadas no estoque e trabalham seus sistemas de produção baseados em previsões e não nos pedidos reais dos clientes. O JIT é a forma ideal de encontrar desafios porque emprega poucos recursos (por exemplo, mão de obra, materiais, equipamento, tempo e utilidade) com o custo mais baixo para o máximo beneficio. Todas as companhias que desejam abraçar o KAIZEN devem incorporá-lo como estratégia corporativa para introduzir o JIT, e assim, sobreviver no mundo da competição global.
OS DEZ MANDAMENTOS DO KAIZEN
1. O desperdício é o inimigo nº1. Para eliminá-lo é preciso sujar as mãos.
2. Melhorias graduais feitas continuadamente; não é ruptura pontual.
3. Todos na empresa tem de estar envolvidos, desde os gestores do topo e intermédios, até o pessoal de base; a metodologia não é elitista.
4. A estratégia deve ser barata. O aumento da produtividade deve ser feito sem investimentos significativos. Não se deve aplicar somas astronômicas em tecnologia e consultorias.
5. Aplicar-se em qualquer lugar; não serve só para os japoneses.
6. Apóia-se numa gestão visual, numa total transparência de procedimentos, processos e valores; torna os problemas e os desperdícios visíveis aos olhos de todos.
7. Focaliza a atenção no local onde se cria realmente o valor ('gemba', em japonês).
8. Orienta-se para os processos.
9. Dá prioridade às pessoas, ao humanware; acredita que o esforço principal de melhoria deve vir de uma nova mentalidade e estilo de trabalho das pessoas (orientação pessoal para a qualidade, trabalho em equipe, cultivo da sabedoria, elevação da moral, autodisciplina, círculos de qualidade e prática de sugestões individuais ou de grupo)
10. O lema essencial da aprendizagem organizacional é aprender fazendo.

Banas Qualidade, Novembro de 2005, nº 162.

A mentalidade Enxuta


por Eduardo Augusto - consultor de empresas, especializado em programas de implementação de Manufatura Enxuta. Atualmente é Consultor-Associado do Kaizen Institute do Brasil e soma 25 anos de experiência profissional em gestão de áreas operacionais.
E-mail:eaugusto@kaizen.com
Reprodução de artigo da revista Brasil Alemanha da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha de Agosto/2001
Origens
As idéias por detrás do agora chamado pensamento enxuto foram originalmente desenvolvidas pela Toyota. (Sistema Toyota de Produção) O termo foi popularizado no livro A Máquina que Mudou o Mundo (Womack, Jones e Roos, 1990) que ilustrando, pela primeira vez, a imensa diferença de desempenho entre as empresas japonesas e as ocidentais. Chama-se Produção Enxuta ao conjunto dos elementos que levaram a este desempenho notável. Enxuto, porque os métodos japoneses, na manufatura, desenvolvimento de produtos e fornecimento de peças, usam menos de tudo; esforço humano, capital, espaço, estoques e tempo.
Os princípios chave da Mentalidade Enxuta
O primeiro passo é reconhecer que somente uma pequena fração do tempo total e do esforço de qualquer organização agregam valor para o consumidor final. Definindo claramente o valor de um produto ou serviço na visão do cliente, todas as atividades que não agregam valor, ou desperdícios, podem ser categorizadas e eliminadas. Para a maioria das operações somente 5% das atividades agregam valor, 35% não agregam valor, mas são necessárias e 60% são puro desperdício cuja eliminação representa um imenso potencial de melhoria. Poucos produtos ou serviços são fornecidos por uma organização sozinha. Como os desperdícios devem ser removidos em toda a cadeia de valor, novas formas de relacionamento entre as empresas são necessárias para eliminar os desperdícios intermediários e gerir eficientemente todo o fluxo.
Ao invés de empurrar os lotes de trabalho entre os vários departamentos sucessivos, os processos são reorganizados de forma que o produto flua livremente pelas atividades que agregam valor usando as ferramentas da mentalidade enxuta.
Recuperando o tempo perdido
A jornada rumo a mentalidade enxuta teve início em 1950 com Eiji Toyoda e Taiichi Ohno. Só após algumas décadas parte das empresas ocidentais acordou para o poder deste caminho alternativo. O Brasil, felizmente, conta com brilhantes iniciativas como a da Mercedes-Benz e outras analisadas detalhadamente pelo Prof. José Ferro no apêndice brasileiro do livro A Mentalidade Enxuta nas Empresas (Womack e Jones).
A Mentalidade Enxuta é um caminho para a melhoria continua e sustentada, e não apenas mais um programa.

DMAIC

Por Jefferson Escobar - consultor de empresas, especializado em programas de implementação de Melhoria Contínua. Sua experiência profissional inclui as abordagens TPM, Seis Sigma, Sistemas da Qualidade & Ambiental e Manufatura Enxuta. Atualmente é Consultor-Associado do Kaizen Institute Brasil.
E-mail: jescobar@kaizen.com


O DMAIC é um ciclo de desenvolvimento de projetos de melhoria originalmente utilizado na estratégia Seis Sigma. Inicialmente concebido para projetos relacionados à qualidade, o DMAIC não é efetivo somente na redução de defeitos, sendo abrangente para projetos de aumento de produtividade, redução de custo, melhoria em processos administrativos, entre outras oportunidades.
Cada letra representa sequencialmente uma etapa do processo de evolução de um determinado projeto: Define (Definir), Measure (Medir), Analyse (Analisar), Improve (Melhorar), Control (Controlar). Por representar um ciclo organizado e ordenado de trabalho, o DMAIC é constantemente comparado ao ciclo PDCA, também conhecido como ciclo de Deming (Plan, Do, Check, Act). É importante ressaltar, contudo, que existem características que diferenciam essas duas técnicas.


A aplicação do ciclo DMAIC deve ser sempre precedida de uma definição e desdobramento dos KPIs (Key Performance Indicators) gerenciais da empresa, ou seja, dos indicadores importantes para o negócio da empresa.  Desta tarefa, tem-se como resultado um documento denominado “Business Case” para cada KPI selecionado. Deste documento são estabelecidas as diretrizes de trabalho com as informações acerca da descrição do problema, meta objetivada, ganhos potenciais, escopo de atuação, restrições nos recursos e definição do “Sponsor” do projeto. Muitas vezes, pela abrangência organizacional de um “Business Case”, este pode desdobrar em mais de um projeto de melhoria DMAIC.
Esta relação entre os indicadores do negócio e a escolha dos projetos permite direcionar os recursos para as oportunidades mais significativas em relação à gestão do negócio da Empresa e quantificar os ganhos financeiros dos projetos. Esta contabilização de ganhos e conseqüente necessidade de participação da área financeira na definição e validação desses cálculos – antes, durante e depois dos projetos - é um diferencial do DMAIC em relação a outros modelos de melhoria.
O DMAIC tem também como característica marcante o enfoque na mensuração das informações, ou seja, a obtenção de dados quantitativos - evidências objetivas - durante as etapas do projeto.Conceituando o ciclo DMAIC de uma forma mais técnica, ele se baseia na precisa identificação, análise, melhoria e controle dos fatores de influência que contribuem para a variabilidade do processo. Dentro de cada etapa do ciclo DMAIC existem atividades suportadas por ferramentas e técnicas estatísticas para se atingir adequadamente os objetivos de cada uma dessas etapas e consequentemente o objetivo principal do projeto.


Por essas características e a forma disciplinada e metódica de melhoria nos processos, os projetos DMAIC requerem um maior tempo de desenvolvimento (de três a dez meses, dependendo do escopo do projeto) e requerem profissionais – líderes de projeto - dedicados ao desenvolvimento dos mesmos.
De acordo com a necessidade em cada etapa do processo, este líder convocará a participação de profissionais de diversas áreas para o cumprimento dos objetivos necessários para prosseguir com o projeto. A capacitação adequada, destes líderes e dos principais participantes dos projetos, nos princípios e técnicas de trabalho é fundamental para o êxito da estratégia. Afinal, o projeto pode exigir durante as etapas a utilização de técnicas diversas originadas do “Total Flow Management” (TFM), “Total Quality Management” (TQM) e “Total Productive Maintenance” (TPM) como: mapeamento do processo, trabalho padronizado, gráfico de Pareto, análise de regressão, análise de quebras, matriz de habilidades, controle estatístico de processo, entre outras.
Outro personagem primordial na aplicação do DMAIC é o chamado “Sponsor” ou padrinho do projeto. Esta função deve ser exercida por um profissional de cargo gerencial, pois terá como função apoiar o líder de projeto, provendo os recursos necessários e atuando como facilitador nas relações interdepartamentais. O padrinho é o responsável pela prestação de contas perante a alta administração, portanto o resultado do projeto deve estar dentro de seus objetivos e metas gerenciais, o que vai ressaltar a importância da adoção do DMAIC como uma verdadeira estratégia gerencial de negócios pelas empresas. 
Pode-se concluir que o DMAIC não se limita a ser simplesmente um ciclo de melhoria ou de resolução de problemas, mas abrange um modelo de administração do negócio. Pela sua criteriosa seleção e dedicação de recursos, os projetos DMAIC tratam, na maioria das vezes, de problemas crônicos, complexos e com abrangência interdepartamental, onde não é eficaz a atuação com os modelos de melhoria tradicionais. Obviamente, o foco nos indicadores vitais da empresa proporciona ganhos financeiros relevantes, dificilmente obtidos utilizando outras técnicas, criando um considerável diferencial competitivo para o negócio.

Fonte: Kaizen.com: DMAIC

sábado, 8 de setembro de 2012

10 motivos que levam Engenheiros de Produção a adotarem ferramentas APS


As ferramentas APS - Advanced Planning & Schedule - são sistemas de planejamento avançado da produção, complementares aos ERPs, que se propõe a gerir melhor a capacidade de recursos produtivos e sequenciamento da produção. 

O engenheiro de produção, por sua vez, é um profissional que dedica-se a projetar, planejar e viabilizar compras, produtos, distribuição e processos produtivos que envolvem pessoas, materiais, equipamentos, informações, além de todo o ecossistema da produção. 

É parte fundamental do trabalho do engenheiro de produção implantar e administrar processos de produção, desde a seleção de matérias-primas até a saída do produto final, além de estabelecer e administrar padrões de qualidade.

Nas últimas décadas, com o aumento da complexidade dos processos de negócio e a globalização, o engenheiro de produção passou a ter responsabilidades estratégicas nas organizações e nesse sentido começou a objetivar processos mais eficientes e rentáveis, além de melhorar o desempenho dos processos relativos à produção que possam gerar ganhos e agregar valor ao negócio.

Para apoiar os engenheiros de produção em assuntos de tamanha importância e complexidade foram criados desde os anos 60 (1960) uma série de sistemas que tinham como premissas básicas tornar o dia-a-dia mais favorável sendo, portanto, sistemas dinâmicos e que possam ajudar a evitar perdas, desperdícios e prejuízos, para garantir que os processos de produção possam operar satisfatoriamente.

Verifica-se, desta forma, que quanto mais complexos e dinâmicos os ambientes de produção, maior a dificuldade dos engenheiros de produção de mantê-lo operando satisfatoriamente, portanto, maior também será a exigência por tecnologias sofisticadas e de última geração que aliadas ao negócio da organização ajudarão a otimizar os processos, sincronizar operações de produção, melhorar o desempenho da capacidade instalada, planejar para garantir entregas assertivas, minimizar tempo de paradas, reduzir consumo, extinguir desperdícios, aumentar eficiência e eliminar as perdas.

Para garantir os objetivos acima, a informação de qualidade é o principal ingrediente, pois se o engenheiro de produção tem dados confiáveis sobre produtos, processos e recursos, certamente tomará decisões mais concretas. 

Para suprir essa lacuna de necessidade de informação de qualidade na produção, nasceram as ferramentas APS - Advanced Planning & Schedule - que se propõe a programar a produção em capacidade finita. Essa ferramenta é capaz de promover a visão da capacidade disponível, os gargalos, altos estoques e a flexibilização da programação da fábrica.

Com uma ferramenta APS é possível ter visão real das dimensões técnicas típicas da produção, tomar decisões gerenciais coerentes com a estratégia da organização através da simulação de cenários e seus respectivos impactos e riscos, trazendo a realidade da visão de resultado para o chão-de-fábrica.

Confira abaixo 10 motivos que levam os engenheiros de produção a adotarem essas ferramentas:

01 – Ferramentas APS alinham os melhores conceitos e técnicas de produção com a força e precisão da tecnologia da informação;

02 - Ferramentas APS melhoram as práticas gerenciais e potencializam as decisões assertivas;

03 - Ferramentas APS identificam e subordinam os sistemas produtivos aos gargalos da fábrica;

04 - Ferramentas APS ajudam a encontrar o ponto de equilíbrio entre o menor nível de estoque necessário para manter um bom nível de atendimento da demanda;

05 - Ferramentas APS otimizam a programação da produção com base em simulações de cenários;

06 - Ferramentas APS integram o chão-de-fábrica ao ERP;

07 - Ferramentas APS proporcionam melhor desempenho nas entregas e melhor aproveitamento da capacidade instalada de produção; 

08 - Ferramentas APS contribuem para manter ambientes de produção complexos sob estreita supervisão, livre de descontroles e com redução substancial dos custos derivados dos improvisos;

09 - Ferramentas APS tratam com velocidade e precisão uma grande quantidade das variáveis que estão presentes no chão de fábrica;

10 - Ferramentas APS aumentam o ganho global através da otimização das restrições.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PDCA, um método de melhoria contínua


PDCA, um método de melhoria contínua

O Ciclo PDCA é um método de interativo de negócio focado na melhoria contínua. Ele enfatiza e demonstra em 4 passos que os programas de melhoria devem começar com um planejamento cuidadoso, resultar em uma ação eficaz, e mover-se novamente para um planejamento cuidadoso, em um ciclo contínuo.
PDCA, um método de melhoria contínua :: Fonte: FreeDigitalPhotos.net
O PDCA partiu de um sistema inicialmente desenvolvido por Walter Shewhart, um pioneiro estatístico responsável pelo desenvolvimento de controle de processos estatístico no “Bell Laboratories”, Estados Unidos em 1930. O sistema conhecido como o ‘Ciclo Shewhart’ era composto por três passos (Especificação, Produção e Inspeção) girando constantemente.  Em 1951, W. Edwards Deming promoveu a evolução do ciclo de Shewart percebendo a necessidade de inserir mais um passo, criando assim a ‘Roda de Deming’. Ela era composta de 4 passos girando em um ciclo contínuo: Especificação, Produção, Colocar no Mercado, Reprojetar.
Em 1951, executivos japoneses fizeram uma correlação da Roda de Deming com 4 passos básicos: Planejar, Fazer, Checar e Agir. Desta forma, foi criado o ciclo PDCA, cujo nome representa as iniciais de cada etapa.
Ilustração do ciclo PDCA ::  Fonte: commons.wikmedia.org, author Karn-B - Karn G. Bulsuk

Plan (Planejar)

É o primeiro ciclo do processo com foco no planejamento. Neste passo, parte-se do princípio que para melhorar algo, é preciso saber o que está acontecendo de errado e levantar ideias para resolver os problemas. Assim, é preciso reunir um time diversificado de pessoas para alavancar o maior número de questões possíveis sobre o problema e assim identificar as soluções que poderão compor um plano de ação. Veja algumas perguntas a serem respondidas para que possamos realizar um bom planejamento:
§  Quais são os problema?
§  Quais os processos estão relacionados a este problema?
§  Quais informações e dados estão disponíveis sobre este problema?
§  Quais são as ferramentas de controle utilizadas?
§  Qual o padrão que está estabelecido e qual o novo padrão?
§  Quais são os objetivos e as metas que devem ser atingidos?
§  Quais métodos permitirão que as metas sejam atingidas ?
§  Em quanto tempo as metas deverão ser atingidas?
§  Quais cursos e treinamentos serão necessários?

Metas para manter e Metas para melhorar.

O título é auto-explicativo, é necessário levantar quais são as metas para os diferentes processos. Nem sempre é possível melhorar a performance em todas as tarefas e justamente por isso que é prudente levantar quais são os indicadores que deverão manter a performance e quais são os indicadores que devem melhorar para que ocorra a melhoria no processo.

Do (Fazer)

Após planejar, é hora de executar. É neste momento que o plano de ação é colocado em prática. Para ter sucesso nesta etapa, é necessário que a equipe tenha competência técnica e habilidade para executar as atividades que compõem o plano. Caso haja dificuldade na execução das atividades. deve-se partir para treinamentos e cursos a fim de promover a capacitação da equipe.

Check (Checar e Verificar)

Nesta fase, você poderá medir a eficácia da “solução piloto” e reunir as lições aprendidas avaliando o que pode melhorar. Dependendo do sucesso das atividades planejadas e colocadas em práticas, do número de melhorias identificadas e do alcance das ações, é possível repetir o “fazer” e verificar as outras fases incorporando melhorias adicionais. Uma vez que finalmente as pessoas estão convencidas de que os custos seriam superiores aos benefícios de repetir os ciclos anteriores, então é o momento de passar para o próximo passo.

Act (Agir)

Agora tem-se a solução completa implementada. No entanto, o uso do PDCA não para por aí. É necessário atuar corretivamente sobre os problemas apontados durante a implantação do PDCA e os dados levantados na fase anterior serão utilizados para voltarmos a primeira etapa (Planejar) de forma a reiniciar todo o ciclo. O novo planejamento é o indício de que o processo de melhoria contínua está em movimento.

Cuidados na implantação do PDCA.

O PDCA é uma ferramenta que contribui muito para o processo de melhoria contínua, entretanto é importante ter a ciência de que:
§  Deve-ser ter disciplina em todas a etapas. Não comece a fazer sem planejar e não comece a checar sem fazer, respectivamente;
§  Defina claramente as metas e os processos que serão necessários para alcançá-las;
§  Prepare as pessoas envolvidas;
§  Não pare após o primeiro ciclo.
Claramente, o uso do PDCA é mais lento e mais comedido do que um simples “fazer”. Em situações de emergência de verdade, isto significa que ele pode não ser adequado. No entanto, é fácil para as pessoas pensarem que as situações são mais emergenciais do que na realidade elas realmente são. Por isto deve-se sempre dar prioridade a um processo planejado e analisado. 

Quando usar o PDCA

O ciclo PDCA é uma maneira útil de prover soluções e controlar processos. É particularmente eficaz para:
§  Ajudar na implementação do Kaizen ou processos de melhoria contínua, quando o ciclo se repete diversas vezes identificando e resolvendo novas melhorias.
§  Identificar novas soluções e melhorias de processos que se repetem com frequência.
§  Explorar uma série de possíveis soluções para um problema e tentar explorá-las de forma controlada, antes de escolher uma para a plena implementação.
§  Evitar o desperdício em grande escala de recursos oriundos com a implementação de uma solução medíocre ou pobre.

Fonte: citisystems

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

10 motivos que levam engenheiros de produção a adotarem ferramentas APS


Ferramentas APS - Advanced Planning & Schedule - podem ser um diferencial para muitas empresas e são cada vez mais adotadas pelas empresas que desejam alcançar diferenciais competitivos



As ferramentas APS - Advanced Planning & Schedule - são sistemas de planejamento avançado da produção, complementares aos ERPs, que se propõe a gerir melhor a capacidade de recursos produtivos e seqüenciamento da produção.

O engenheiro de produção, por sua vez, é um profissional que dedica-se a projetar, planejar e viabilizar compras, produtos, distribuição e processos produtivos que envolvem pessoas, materiais, equipamentos, informações, além de todo o eco-sistema da produção.
É parte fundamental do trabalho do engenheiro de produção implantar e administrar processos de produção, desde a seleção de matérias-primas até a saída do produto final, além de estabelecer e administrar padrões de qualidade.
Nas últimas décadas, com o aumento da complexidade dos processos de negócio e a globalização, o engenheiro de produção passou a ter responsabilidades estratégicas nas organizações e nesse sentido começou a objetivar processos mais eficientes e rentáveis, além de melhorar o desempenho dos processos relativos à produção que possam gerar ganhos e agregar valor ao negócio.
Para apoiar os engenheiros de produção em assuntos de tamanha importância e complexidade foram criados desde os anos 60 (1960) uma série de sistemas que tinham como premissas básicas tornar o dia-a-dia mais favorável sendo, portanto, sistemas dinâmicos e que possam ajudar a evitar perdas, desperdícios e prejuízos, para garantir que os processos de produção possam operar satisfatoriamente.
Verifica-se, desta forma, que quanto mais complexos e dinâmicos os ambientes de produção, maior a dificuldade dos engenheiros de produção de mantê-lo operando satisfatoriamente, portanto, maior também será a exigência por tecnologias sofisticadas e de última geração que aliadas ao negócio da organização ajudarão a otimizar os processos, sincronizar operações de produção, melhorar o desempenho da capacidade instalada, planejar para garantir entregas assertivas, minimizar tempo de paradas, reduzir consumo, extinguir desperdícios, aumentar eficiência e eliminar as perdas.
Para garantir os objetivos acima, a informação de qualidade é o principal ingrediente, pois se o engenheiro de produção tem dados confiáveis sobre produtos, processos e recursos, certamente tomará decisões mais concretas.
Para suprir essa lacuna de necessidade de informação de qualidade na produção, nasceram as ferramentas APS - Advanced Planning & Schedule - que se propõe a programar a produção em capacidade finita. Essa ferramenta é capaz de promover a visão da capacidade disponível, os gargalos, altos estoques e a flexibilização da programação da fábrica.
Com uma ferramenta APS é possível ter visão real das dimensões técnicas típicas da produção, tomar decisões gerenciais coerentes com a estratégia da organização através da simulação de cenários e seus respectivos impactos e riscos, trazendo a realidade da visão de resultado para o chão-de-fábrica.
Segue abaixo 10 motivos que levam os engenheiros de produção a adotarem essas ferramentas:
01 – Ferramentas APS alinham os melhores conceitos e técnicas de produção com a força e precisão da tecnologia da informação;
02 - Ferramentas APS melhoram as práticas gerenciais e potencializam as decisões assertivas;
03 - Ferramentas APS identificam e subordinam os sistemas produtivos aos gargalos da fábrica;
04 - Ferramentas APS ajudam a encontrar o ponto de equilíbrio entre o menor nível de estoque necessário para manter um bom nível de atendimento da demanda;
05 - Ferramentas APS otimizam a programação da produção com base em simulações de cenários;
06 - Ferramentas APS integram o chão-de-fábrica ao ERP;
07 - Ferramentas APS proporcionam melhor desempenho nas entregas e melhor aproveitamento da capacidade instalada de produção;
08 - Ferramentas APS contribuem para manter ambientes de produção complexos sob estreita supervisão, livre de descontroles e com redução substancial dos custos derivados dos improvisos;
09 - Ferramentas APS tratam com velocidade e precisão uma grande quantidade das variáveis que estão presentes no chão de fábrica;
10 - Ferramentas APS aumentam o ganho global através da otimização das restrições.


Quais os maiores problemas que um Líder pode confrontar no dia-a-dia em uma pequena empresa?

Em que área da eng. de Produção você quer se especializar?