terça-feira, 18 de outubro de 2011

Brasil precisa de mais 150 mil engenheiros até 2012 Setor de petróleo e gás é um dos que têm maior falta de profissionais, segundo a CNI

O Brasil precisa de mais 150 mil engenheiros até o final de 2012, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). E, por causa de investimentos no setor de energia, infraestrutura e a descoberta do pré-sal, uma das áreas com maior necessidade de profissionais é a de petróleo e gás.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o setor de petróleo e gás (incluindo-se extração e refino) continuará expandindo sua demanda por esses profissionais a taxas entre 13% e 19% ao ano. No Brasil, formam-se anualmente 48 mil engenheiros em todas as especializações.

Na procura por profissionais para o setor de petróleo e gás, de cada dois candidatos selecionados, dois são contratados. “Normalmente, para vaga de engenharia, a seleção é feita com quatro, cinco profissionais para só então a empresa escolher. Já quando a vaga é no segmento de petróleo e gás, são selecionados um ou dois candidatos. E, se forem dois, ambos são contratados por causa da grande demanda”, diz João Amaral, headhunter da divisão de Petróleo e Gás da Michael Page, empresa de recrutamento e seleção.

Atualmente, na Michael Page há 40 vagas abertas para esse segmento da engenharia e, segundo Amaral, com dificuldade para serem preenchidas. “As empresas têm pago altos salários para quem é especializado nessa área. Até porque, para a companhia vale mais a pena pagar bem e manter a operação do que parar a produção por causa da falta de profissional”, comenta o headhunter.

A demanda é tão grande que o setor tem buscado profissionais em outras áreas da engenharia, como automotiva, de energia, de telecomunicações e até da indústria farmacêutica.

“É um setor que tem pago mais que os outros e oferece um bom pacote de benefícios para atrair pessoas de outras áreas. E isso também é estratégia para manter o profissional na empresa, já que a disputa é grande”, afirma Rafael Meneses, da empresa de recrutamento e seleção Asap.

O diretor da empresa de recursos humanos FCB, Valter Teixeira, explica que as vagas não se limitam a Petrobrás e subsidiárias da estatal. “Há demanda em empresas que prestam serviço, realizam e executam projetos para a Petrobrás”, explica.

Porém, não basta ter vontade de migrar para o segmento. Segundo os especialistas, nem para todas as áreas do setor de petróleo e gás a formação de engenheiro, mecânico, eletrônico ou de produção, é suficiente. “Tem que ir atrás de especialização. Para quem trabalha embarcado (nas plataformas de extração de petróleo), por exemplo, é um trabalho muito específico. Mas paga o dobro”, afirma Amaral.

Outra recomendação dos especialistas em recursos humanos e seleção é buscar cursos técnicos na área, que podem oferecer um diferencial para esse profissional. “E uma segunda língua é fundamental, pois há empresas novas chegando ao País ou atuando lá fora”, diz Meneses.

Na área

A engenheira química Maria Regina Oeino, de 51 anos, voltou para o setor de petróleo e gás após um hiato de dez anos. “Eu comecei nessa área trabalhando com projetos e depois, quando o setor ficou ruim, saí, atuei na indústria e virei professora universitária. Só voltei agora, nos anos 2000, quando o setor voltou a ter investimento”, conta.

Maria Regina afirma que o mercado tem grande demanda e houve um período em que faltou formação de profissionais para atuar na área. “Não se encontra engenheiros no setor com 15 anos de atuação, por exemplo. Ou são mais velhos, como eu, ou mais novos. Isso porque nos anos 90 não havia investimento e demanda nesse setor”, analisa.

Para a engenheira, nos próximos 10 a 20 anos esse será um setor de forte oferta de vagas. “Estamos defasados e é hora de recuperar.”

(Estadão)

domingo, 28 de agosto de 2011

O Brasil clama por engenheiros





A necessidade por profissionais de engenharia de todas as áreas está cada vez maior. No Brasil, o número de formados está muito abaixo das demandas do mercado. O desconhecimento do perfil dos profissionais pode ser um dos motivos





Quem não tem ouvido falar que o Brasil está crescendo em um ritmo acelerado, necessitando cada vez mais dos profissionais de engenharia? Os próximos anos são promissores para engenheiros em diferentes áreas de atuação, porém, no mercado brasileiro, a carência desses profissionais é grande. Segundo o presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Marcos Túlio de Melo, há uma demanda muito aquecida para todas as áreas da engenharia. Ele destaca a necessidade maior de mão-de-obra em setores estratégicos como construção civil e exploração de petróleo.

Como forma de tentar resolver a falta de profissionais, está sendo planejado um censo para localizar os engenheiros do País. O levantamento será fruto da parceria entre o Confea, o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Será observado onde os profissionais estão registrados, que atividades exercem e se eles estão deslocados da área de formação, segundo Marco Túlio. O objetivo é trazer quem está fora da área para o mercado. A parceria com o MEC é uma forma de articular os cursos de graduação e pós-graduação profissionalizante para a qualificação desses profissionais.


Segundo a presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Ceará (Senge-CE), Thereza Neumann, há falta de informações precisas sobre as demanda de profissionais. A partir do censo, ela destaca que o sindicato poderá potencializar a qualificação dos engenheiros, voltando-os para o mercado. “As empresas locais costumam querer que o profissional tenha experiência. É importante que elas tenham a visão de qualificar esses engenheiros de acordo com as necessidades específicas”, afirma. Ela também destaca que, como existem demandas novas, o censo será fundamental para um levantamento preciso.


Evasão


Responsável por onze1 departamentos de engenharia na Universidade Federal do Ceará (UFC), o diretor do Centro de Tecnologia, Barros Neto, afirma que, além da carência geral de profissionais no mercado, há uma evasão grande nos cursos. A justificativa dele e de alguns professores é a pouca bagagem dos alunos nas matérias-base dos cursos, que são matemática, física e química. Outra justificativa é que, nos primeiros dois anos dos cursos, as aulas são mais teóricas e quase nada práticas, o que pode gerar muitas desistências.


“O Brasil passou vinte anos parado e agora quer crescer, mas, para isso, precisa de engenheiro. Nesse período, a carreira na engenharia deixou de ser atrativa para os bons alunos, que foram para outros cursos”, diz. Como forma de diminuir a evasão, Barros diz que está sendo trabalhado o acompanhamento dos estudantes a partir das monitorias.


Apesar dos esforços, os atrasos para se graduarem e as reprovações nas disciplinas são constantes entre os alunos. Formado há nove meses em engenharia de materiais, Victor Torquato, de 24 anos, foi um dos quatro graduados da primeira turma do curso, que abriu inicialmente 40 vagas. Ele estagiou por um ano em uma empresa siderúrgica e, logo que conseguiu o diploma, foi contratado. “Eu ia fazer vestibular para engenharia mecânica, mas conheci o curso em uma palestra e me interessei. Pesquisei e vi que era uma área nova e com boas oportunidades”, diz.

Gabriela Ramos
gabrielaramos@opovo.com.br

Fonte: O POVO

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mercado de óleo e gás ‘recicla engenheiros’

Profissionais formados em engenharia, mas com experiência em outras indústrias, passam a ser aproveitados pelo setor

O Estado de São Paulo

Para muitos engenheiros, a palavra do momento é de reinvenção. Como o mercado está aquecido e carente desse tipo de profissional, muita gente pode aproveitar a oportunidade para "reciclar" a carreira e migrar para setores com grande potencial de expansão, como o de óleo e gás.

Fornecedoras e parceiras da Petrobrás já começam a olhar com mais atenção para profissionais bem formados, mas com experiência em outras áreas, como alternativa para suprir a constante demanda por mão de obra.

Além da dificuldade em encontrar as pessoas com a experiência específica, há outro motivo para a busca de engenheiros dispostos a mudar de área: o custo. De acordo com Luiz Eduardo Rubião, sócio da Radix, empresa de projetos de engenharia e software, quando a área de recursos humanos se limita a buscar o trabalhador com larga experiência em um determinado setor, é provável que terá de pagar bem mais caro por ele. "O RH mais arrojado sabe identificar o potencial. E o treinamento para a função pode ser feito dentro da empresa", explica.

Embora tenha pouco mais de um ano de mercado, a Radix já nasceu com uma universidade corporativa para atender justamente a esse tipo de demanda. Com faturamento de R$ 20 milhões e 200 engenheiros contratados, a companhia tem a maior parte de sua receita concentrada no setor de óleo e gás.

Para Rubião, o profissional disposto a mudar de área deve deixar isso claro no currículo, buscando mostrar sua possível contribuição para o novo setor. "É preciso dar um caráter generalista às habilidades, para que possamos entender o que candidato sabe fazer."

A engenheira química Juliana Saraiva, de 29 anos, acabou de ser contratada pelo escritório de Belo Horizonte da Radix. Com sete anos de experiência na área de produção em indústria de cimentos (na multinacional suíça Holcim) e em uma unidade de produção de sabonetes da Unilever, ela hoje desenvolve projetos pela Radix para otimizar processos industriais das mais diversas áreas, incluindo óleo e gás e siderurgia. "Recebimento de matérias-primas, definição de esquema de produção, escala de funcionários e medidas de segurança são tarefas comuns a todas as indústrias. O que muda são detalhes específicos", explica.

Valorização. A Chemtech, empresa de projetos que fatura R$ 250 milhões por ano e tem mais de 1,2 mil funcionários, também valoriza o profissional disposto a trabalhar em diferentes segmentos. Segundo a diretora de recursos humanos da empresa, Daniella Gallo, isso ocorre porque, embora a empresa trabalhe com projetos por tempo determinado, a equipe tem contratos fixos. Logo, é preciso que o trabalhador esteja disposto a desempenhar diferentes papéis para que a relação com a Chemtech funcione no longo prazo. "A flexibilidade tem de ser do próprio profissional. Caso haja essa disponibilidade, a empresa dá apoio com treinamentos."

Para os engenheiros que buscam espaço no setor de óleo e gás - que concentra cerca de 80% dos trabalhos da Chemtech -, Daniella diz que a principal medida do engenheiro em busca de uma vaga deve ser especificar bem as áreas em que tem interesse em atuar, mesmo que não tenha experiência relevante nelas.

"Cabe ao RH pensar diferente e identificar também o perfil comportamental do candidato. Para nós, não é só uma questão técnica. Mas é preciso ressaltar que isso não se aplica à maioria das empresas, que veem a contratação de forma mais imediatista", afirma a executiva.

Outra forma de os profissionais ganharem relevância na hora de buscar uma vaga em um novo segmento é por meio da educação. No Senai do Rio, já são oferecidos oito cursos de pós-graduação para engenheiros que procuram se especializar no setor de óleo e gás.

Segundo o coordenador técnico do Instituto Senai de Educação Superior (Ises), Caetano Moraes, entre os profissionais que buscam essa migração de carreira atualmente estão engenheiros que hoje trabalham em empresas de telecomunicações.

Fonte: Gazetaweb

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Campina inovadora: Cidade está no ranking das 45 cidades do Brasil com maior potencial



Campina Grande está entre as 45 cidades brasileiras e as quatro do Nordeste com maior potencial de inovação. Foi o que revelou o estudo "As cidades mais inovadoras do Brasil: os 45 bolsões de inovação nas cinco regiões brasileiras", feito pelo Instituto Inovação, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O levantamento apresenta um mapa para potencial investidores e mostra que estas cidades - cada uma com o seu potencial específico - estão atraindo cada vez mais investidores, por conta do grande número de profissionais inovadores e das condições oferecidas para que haja os investimentos. Campina Grande se destaca entre as cidades incluídas neste mapa graças a sua capacidade nas áreas de Tecnologia da Informação, softwares, games (produção de jogos para vídeo-game) e Saúde. "Nesses centros de geração de conhecimento e de mão de obra de qualidade, quem abre uma empresa não sonha comnegócios comuns, mas com ideias que irão transformar a ciência, o campo e a tecnologia", afirma o texto do relatório.

Graças a este potencial, a Rainha da Borborema, conforme aponta o estudo, está entre as localidades em que os empresários têm melhores condições para criar e atrair recursos. De acordo com o levantamento, uma das razões para isso está na participação do poder público. "Vem crescendo o capital, público e privado, destinado a negócios de fronteira", revela a pesquisa.

E a cidade se destaca ainda mais quando considerados os dados das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, sendo a única do interior a figurar entre as 45 mais inovadoras do país. No Norte a publicação cita Manaus, capital do Amazonas; e Belém, capital do Pará. No Centro-Oeste, apenas Brasília, a capital federal, está entre as mais inovadoras.

Na região Nordeste, o estudo cita quatro cidades: Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Campina Grande, o que revela a força da Rainha da Borborema, cidade do interior, ao lado de trêscapitais e à frente de outras capitais nordestinas como Natal (RN), São Luiz (MA), Teresina (PI), Maceió (AL) e Aracaju (SE) e de outras cidades do interior, como Caruaru (PE), Feira de Santana (BA), Mossoró (RN), dentre outras cidades.

"Coube a Campina Grande representar o interior de três regiões brasileiras, como cidade inovadora e com potencial de atrair investimentos", ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Campina Grande, Gilson Lira.

Região Nordeste

Recentemente, Campina foi destaque em conceituadas publicações nacionais como a melhor cidade para se fazer carreira em todo o interior do Nordeste, ou a mais promissora da região.

Campina também foi referendada como cidade com indicadores extremamente positivos no que se refere ao desenvolvimento, como o Índice Firjam de Desenvolvimento e o IPC (Índice de Potencial de Consumo) dos moradores das cidades brasileiras, tendo seus índices entre os maiores do país. Para Gilson, "isso é fruto de um grande trabalho desenvolvido nacidade, da união de entidades como a Fundação Parque Tecnológico, Universidade Federal de Campina Grande e Prefeitura de Campina Grande, que têm buscado gerar este cenário propício aos novos empreendedores e aos novos investimentos".


Fonte: Diário da Borborema

domingo, 15 de maio de 2011

Aviso aos interessados do SEPRONe 2011

Sobre o SEPRONe.
Prezado,
O Coordenador Geral do SEPRONe 2011. Não sei como os membros do CAEPRO estão se organizando quanto a estadia e hospedagem em Campina Grande durante o evento. Todavia, gostaria de comunicar que restam poucos apartamentos para serem bloqueados (reservados) no Garden Hotel (local do evento). A promoção com tarifa de R$ 150,00 (triplo) durará até o dia 15 de maio. Caso os alunos não queiram ficar no Garden Hotel, tive o cuidado de bloquear em meu nome 40 apartamentos triplos e quadrúplos no Marc Center Hotel (www.marccenterhotel.com). Esse hotel fica a poucos metros do Parque do Povo.
Alerto que devido a grande procura, pois se trata do período junino, anteciparem as suas reservas. Se vc negociar por pacote, o Marc Center hotel lhes dará um desconto nas tarifas.
E-mail: reservas@gardenhotelcampina.com
Telefone: (83) 3310.4000
E-mail: reservas@marccenterhotel.com
Telefone: (83) 3315-1397

Para quem não conhece sobre o evento veja o link: SEPRONe



sexta-feira, 15 de abril de 2011

CNI lançará plano para aumentar oferta de engenheiros ao mercado de trabalho

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai lançar o Plano Nacional de Engenharia para reduzir a evasão e o preenchimento de vagas ociosas nos cursos na área em instituições públicas e privadas do país. A ideia é entregar ao governo até o final do mês um conjunto de propostas com o objetivo de aumentar a oferta de engenheiros no mercado de trabalho.

Segundo comunicado divulgado hoje (14) pela entidade, o plano está sendo elaborado pelo Comitê de Engenharia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação, com a participação da CNI, por meio do programa Inova Engenharia.

Dados da confederação mostram que a evasão nos cursos de engenharia é superior a 50%, sendo que a maioria deixa a faculdade nos dois primeiros anos. Para a entidade, se a economia brasileira crescer mais de 4,5% ao ano, a oferta desses profissionais ao mercado estará saturada em menos de dez anos.

O Brasil, informou a CNI, forma menos engenheiros por ano do que a Rússia, a Índia e a China, integrantes do chamado Brics, grupo que também inclui a África do Sul.

De acordo com a confederação, o Brasil forma a cada ano menos de 40 mil engenheiros, enquanto esse número chega a 120 mil na Rússia e a 300 mil na Índia. Na China, o total ultrapassa 400 mil.

Na última terça-feira (12), a presidenta Dilma Rousseff, que está em viagem à China, anunciou um projeto de investimento da Foxconn no Brasil, no valor de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 18,9 bilhões), na área de tecnologia da informação. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, o investimento deverá gerar 100 mil empregos, entre eles, para 20 mil engenheiros.

Da Agência Brasil

Fonte: Diario de Pernambuco

sábado, 9 de abril de 2011

Brasil forma quase três vezes menos engenheiros do que países da OCDE

Amanda Cieglinski

Brasília – As áreas preferidas de formação dos estudantes brasileiros no ensino superior são ciências sociais, negócios, direitos e serviços (37,1%) e humanidades, artes e educação (29,3%). É o que mostra levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais, Ernesto Faria, do portal Estudando Educação, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os números apontam que o Brasil forma quase três vezes menos engenheiros do que os países desenvolvidos que fazem parte do grupo.

O estudo reuniu dados sobre 36 países. Entre todos eles, o Brasil tem o menor percentual de formandos em engenharia, indústria e construção: 4,6% do total, enquanto entre os países da OCDE a média é de 12%. Na Coreia do Sul e no Japão, por exemplo, os formandos nessas áreas respondem por 23,2% e 19% do total, respectivamente. O outro país latino-americano incluído na pesq, o Chile, tem 13,7% de titulados nessa área do total de concluintes.

O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, afirma que a pasta já trabalha para mudar esse quadro. Uma “sala de situação” está mapeando - junto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e outros órgãos do governo - quais áreas do conhecimento, inclusive as engenharias, precisarão ter um aumento no número de profissionais formados para atender as demandas do país nas próximas décadas.

“Com a expansão do Reuni [Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, lançado em 2007], dobramos a matrícula nos cursos de engenharia. Então, no horizonte de uns cinco anos, já teremos uma mudança porque os concluintes vão aumentar muito. Mas, independentemente disso, temos que avançar mais. Estamos levantando a demanda estado por estado e as necessidades de cada especialidade”, explica Costa.

Segundo o secretário, o diagnóstico deve ficar pronto nos próximos dois meses. Preliminarmente, ele aponta a engenharia naval como uma das áreas em que será necessário grande esforço. O plano será apresentado às instituições, mas elas têm autonomia para decidir onde preferem investir.

“Estamos fazendo uma projeção até 2050 porque precisamos ter uma visão estratégica do que o país precisa. O Estado vai agir como um tutor, respeitando a autonomia das universidades. Será um trabalho de convencimento, mostrando esses resultados. Em alguns casos, se for do interesse do governo, podemos propor editais”, afirma.

Mas aumentar o número de vagas e estimular a matrícula dos alunos em cursos específicos não será suficiente para melhorar o quadro. Outro problema que precisa ser atacado é a alta evasão das engenharias. “Dos mais de 100 mil que entram, saem 35 mil”, aponta o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro. A entidade tem um projeto para estimular a entrada dos estudantes do ensino médio nos cursos e melhorar a qualidade da formação. Ele avalia que o cenário está evoluindo. A previsão é que 50 mil se formem em 2011 e o ideal, segundo ele, seria chegar a 80 mil titulados anualmente.

“Havia muita evasão porque o curso é difícil e as oportunidades de trabalho eram pequenas, os alunos não tinham estímulo para terminar. Hoje a gente começar a ter uma outra visão porque os estudantes começam a trabalhar ainda na faculdade e já saem empregados em função do crescimento do país”, avalia.

Para reduzir o abandono, é importante ainda melhorar a qualidade do ensino médio para que os alunos consigam acompanhar o curso sem dificuldade. Pinheiro conta que algumas instituições têm gastado algum tempo, no início da graduação, para reforçar os conteúdos que os alunos deveriam ter aprendido na educação básica em áreas como matemática. Costa admite que é preciso otimizar o fluxo. “O problema precisa ser trabalhado internamente nas universidades”, diz.

fonte: Jornal do Brasil

Desafio: Precisa-se de engenheiros

O cálculo parece simples, mas a equação é complexa. O país formou, em 2010, 
pouco mais de 38 mil engenheiros, mas precisaria, de, no mínimo, 75 mil para sustentar o crescimento de 7,5% verificado no ano passado, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para complicar, a evasão dos cursos é alta. Em Juiz de Fora, passa de 30%. Dos que seguem nas salas de aula até o final da graduação, nem 40% atuam no ramo em que se formaram. A reclamada falta de qualificação completa o quadro contrastante com a economia aquecida e a demanda crescente por este profissional, em função de grandes projetos na área de infraestrutura, como o pré-sal, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Para o diretor da Faculdade de Engenharia da UFJF, Hélio Antônio da Silva, a questão central 
não é criar mais cursos ou vagas, mas reduzir a evasão, considerada elevada. Segundo ele, são vários os motivos que levam ao abandono da graduação. A formação deficitária na área de exatas na educação básica, que dificulta o acompanhamento do curso, é o principal problema. De acordo com Hélio, das 190 mil vagas para os cursos de engenharia oferecidas no país, pouco mais de 60% são preenchidas.

Na sua opinião, não há a "mínima condição" de a mão de obra existente hoje suprir os investimentos previstos para o país. " O Brasil cresceu, não se fez investimentos necessários 
em educação e faltou engenheiro. Não nos preparamos para isso."

O emprego em Engenharia foi tema de estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado este mês. "De uma forma generalizada, não é um problema quantitativo. O Brasil tem engenheiro em número suficiente para atender a demanda da indústria", atesta o pesquisador Paulo Meyer Nascimento. Para ele, pode existir escassez específica em algumas ocupações, como Engenharia Naval e de Telecomunicações. Para ele, a questão central é que pode estar faltando engenheiro com a qualidade de formação e as competências que o mercado demanda.

O pesquisador identificou, ainda, aumento dos custos das empresas, em função da necessidade de transferir mão de obra para regiões em desenvolvimento e treinar os mais jovens, diante 
da relativa escassez de profissionais mais experientes. A avaliação é que muitos teriam migrado para ocupações mais rentáveis, especialmente administração e economia, em função da estagnação nas décadas de 80 e 90. O aumento da proporção de engenheiros atuando na área e a evolução dos salários ante os demais profissionais são fatores já percebidos, que sinalizam aquecimento do mercado, diz. "A evolução pode estar indicando recuperação da atratividade da carreira."

Setor teme invasão de estrangeiros no mercado


O tema também foi discutido no Fórum de Debates do Sindicato dos Engenheiros de Minas 
Gerais (Senge-MG) realizado no dia 17. Para o presidente da entidade em Juiz de Fora, João Vieira de Queiroz Neto, a escassez é uma realidade local. Na cidade, o aquecimento da construção civil teria impulsionado a procura por estes profissionais. "Constantemente nos solicitam indicação, mas não temos. Quando aparece o candidato, não é bem qualificado." Uma preocupação é quanto à demanda provocada por Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil. Para João, se os profissionais não estiverem preparados e as entidades de classe, fortalecidas, o mercado pode ser "invadido" por profissionais estrangeiros. "É uma deficiência que precisamos corrigir."

O inspetor chefe em Juiz de Fora do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Silvio Rogério Fernandes, vê com bons olhos a abertura do mercado, mas se preocupa com o volume de profissionais vindos de fora. Ele cita como exemplo a China, que forma o dobro de engenheiros ante o Brasil e possui oferta abundante. "Há o risco de importação de projetos, com profissionais embutidos no pacote. A parte mais cerebral, mais exigente, pode não ficar conosco", preocupa-se.

"Estamos no melhor momento. Dificilmente vejo colegas de profissão desempregados. As empresas estão "roubando" profissionais umas das outras", avalia o engenheiro civil Vinícius David, que cresceu acompanhando o pai em canteiros de obra país afora e no exterior. Ao longo dos quatro anos de carreira, passou por três empresas. Há cerca de um ano, trabalha na Galvão Engenharia. "Ao meu ver, teremos, pelo menos, 15 anos de crescimento, impulsionados pelas obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), Olimpíadas e Copa do Mundo, além do pré-sal." De olho neste filão, o engenheiro está se especializando na área de óleo e gás. "Muitos dizem que é o futuro, mas penso diferente. Esta área já necessita de mão de obra especializada há mais de dez anos."

Só metade dos profissionais pode exercer profissão


Para o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Juiz de Fora, João Queiroz, a falta de atrativo no município ainda é a remuneração. Segundo ele, enquanto o salário mínimo profissional equivale a R$ 4.600, o vencimento médio pago na Prefeitura é de R$ 1.800. "A remuneração para o serviço público está muito defasada." Na iniciativa privada, avalia o presidente, o piso seria respeitado. A briga pela equiparação salarial é antiga. A Prefeitura é considerada um dos principais empregadores da cidade. Dos cerca de cem profissionais nos seus quadros, entre 70 e 80 estariam em atividade. A Secretaria de Administração e Recursos Humanos foi procurada, mas não se posicionou sobre o assunto.

Para o inspetor chefe do Crea, a recuperação dos salários da categoria não tem acompanhado 
a demanda do mercado. "Em algumas regiões talvez sim, mas não é uma realidade local." Por esse motivo, muitos que formaram em engenharia continuam migrando para outras profissões, avalia Silvio. Pelas suas contas, dos cerca de dez mil engenheiros inscritos na inspetoria de Juiz de Fora, entre quatro e cinco mil estão em dia com o conselho, condição para o exercício da profissão.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Leomar Delgado, discorda e considera que uma consequência direta da disputa por profissionais qualificados 
é o aumento dos ganhos. "Virou uma mercadoria rara." Diante da falta, diz, os empregadores estão absorvendo até profissionais sem experiência, dispostos a treiná-los no próprio canteiro 
de obras. De acordo com Leomar, há obras adiadas em função da falta de engenheiros, e a importação de mão de obra de outras regiões tem acontecido. Para o superintendente da Associação Brasileira de Construtores, José Irineu Teixeira Neto, não faltam só engenheiros, mas também mestres de obras, pedreiros e trabalhadores de toda a ordem em todo o país.

Cidade exporta talentos para o mundo

Enquanto a possibilidade de importação de mão de obra torna-se cada vez mais real, Juiz de Fora exporta talentos. O juiz-forano Carlos Almeida trabalha há seis meses na Dinamarca e pretende usar a experiência em uma empresa no segmento de energia eólica para voltar ao 
país com vantagem competitiva. Formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal 
de São João Del Rei, pós-graduado em Métodos Estatísticos Computacionais pela UFJF e com gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, Carlos estagiou na Cofab e na Mercedes-Benz e atuou como engenheiro na Becton Dickinson (BD). Foi encontrado por uma empresa de recrutamento suíça pela internet e ganhou a vaga na dinamarquesa Vestas Wind Systems A/S.

De longe, o engenheiro acompanha o mercado nacional e identifica aquecimento para profissionais qualificados. No exterior, pondera, o cenário é outro. "Após a crise econômica, o mercado para engenheiros ficou bem difícil." Na sua opinião, a versatilidade é um diferencial do profissional brasileiro. "Talvez pela estrutura organizacional deficiente na maioria das empresas no país, o profissional agrega à sua função o trabalho de outras." Como dica, recomenda fluência no inglês, "já que a maioria das grandes empresas tem se tornado globais".

Professor visitante da Universidade de Belgrado, na Sérvia, o engenheiro César Queiroz, também atua como consultor internacional e oferece suporte técnico no setor de estradas e infraestrutura de transportes em países, como Índia, Filipinas, Colômbia, Rússia, Ucrânia, Lituânia, Armênia, Azerbaijão, Noruega e Suécia. Ele lembra que, quando se formou (1967), o mercado de trabalho estava aquecido, a exemplo de agora. No currículo, César acumula experiência em quatro empresas, sendo a última, o Banco Mundial em Washington, onde trabalhou até 2006. "Na minha opinião, há grande carência de engenheiros qualificados no país."

Para quem está iniciando a jornada, César recomenda boa base teórica, adquirida nos banco 
da universidade, e atualização constante. Ele, por exemplo, cursou mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorado (Ph.D.) na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. "O conhecimento básico de topografia que adquiri na graduação foi fundamental para que pudesse desenvolver o meu trabalho de doutorado", dimensiona.

Fonte: Ces/jf

Pernambuco participa da maior feira logística da América Latina

Da Secretaria

O Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado no estado de Pernambuco, está participando da 17ª edição da maior e mais importante feira de logística na América Latina, a Intermodal South America. O evento acontece no Transamérica Expo Center, São Paulo, e reúne, em três dias de realização, os principais players do setor de logística, comércio exterior e transporte mundial. A feira conta com expositores nacionais e internacionais vindos da América Latina, América do Norte, Europa e Ásia. Mais de 45 países estarão representados no evento, com mais de 550 empresas expositoras e um público que promete chegar à casa dos 43 mil participantes.

Na oportunidade, o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado e Presidente de Suape, Geraldo Julio, o vice-presidente do Porto de Suape, Frederico Amancio, junto à diretoria e coordenadores da empresa, apresentaram as novas oportunidades de negócios geradas no Complexo de Suape e no estado de Pernambuco, com destaque para o Projeto Suape Global, que visa transformar Pernambuco em um polo provedor de bens e serviços para a indústria de petróleo, gás, offshore e naval.

As estatísticas da administração em 2010, ano no qual Suape completou 32 anos, também vêm sendo divulgadas. Suape está localizado no estande B44 e, no local, uma equipe formada por diretores e coordenadores está divulgando o potencial deste que é o maior canteiro de obras do Brasil, apresentando seus projetos para a área industrial e para a área portuária.

Suape Global - O Complexo Industrial Portuário tem suas atividades voltadas para novos negócios, especialmente aqueles voltados para o foco de sua atuação. Para isso, criou uma série de incentivos para facilitar a atração de novos investimentos nas mais diversas atividades econômicas.

E para ampliar os contatos com investidores o Governo de Pernambuco ousou, criando o Projeto Suape Global, reunindo entidades governamentais, privadas, acadêmicas e bancos públicos (BNDES, BNB, BB e CEF) com o objetivo de fazer do Estado de Pernambuco um polo mundial provedor de bens e serviços para as indústrias de petróleo, gás, offshore e naval, participando assim das oportunidades advindas do descobrimento de imensas reservas de petróleo da camada do pré-sal brasileiro.

Esse Projeto já atraiu 24 empresas envolvendo investimentos de US$ 1,58 bilhão, com a geração de mais de 12 mil empregos diretos e 22 mil indiretos. O Complexo Industrial Portuário de Suape é hoje o maior destino de investimentos privados do Brasil, beneficiado pela sua posição logística privilegiada e infraestrutura completa para atender às necessidades dos mais diversos empreendimentos. Suape é hoje um grande centro concentrador e distribuidor de cargas da região, com importantes polos industriais em desenvolvimento, destacando-se o polo naval, o petroquímico, refino de petróleo, siderúrgico, eólico, automotivo, logístico, e de alimentos e bebidas. São mais de 100 empresas instaladas e 30 em fase de implantação, o que representa cerca de R$ 50 bilhões em investimentos públicos e privados. Tudo isso transforma os 13,5 mil hectares do Complexo na maior locomotiva econômica do nordeste.

A construção de navios, o refino de petróleo e a sua ampla cadeia produtiva representam uma grande oportunidade para o desenvolvimento da indústria local. Dentro do seu Plano de Ações, Suape também desenvolve e articula parcerias para a qualificação profissional e inserção das micro e pequenas empresas no fornecimento de bens e serviços para os grandes empreendimentos. As obras da Refinaria Abreu e Lima e das três plantas da Petroquímica Suape estão a todo vapor. O Estaleiro Atlântico Sul lançou ao mar o seu primeiro navio, representando a retomada da indústria naval brasileira.

No final do ano de 2010, o Complexo Industrial Portuário comemorou mais duas grandes conquistas: a chegada da Companhia Siderúrgica Suape (CSS), com investimentos de R$ 1,5 bilhão e capacidade para produzir um milhão de toneladas de aços por ano e, sem pisar no freio, atraiu a FIAT, que irá construir no estado uma planta capaz de produzir 200 mil veículos por ano, atraindo ainda mais de 50 empresas fornecedoras e representando um investimento total na cadeia automobilística de R$ 8 bilhões.

Porto do Recife também marca presença

Aproveitando o bom momento econômico que Pernambuco vive, o Porto do Recife também está presente na Intermodal. O diretor-presidente Pedro Mendes, acompanhado do diretor de Operações e Engenharia, Hermes Delgado, e de Relações Comerciais, Alfredo Menezes, além do gerente de Negócios, Carlos Vilar, tem a missão de atrair novas empresas para operar no ancoradouro recifense.

Grandes negócios já foram fechados durante a feira, e este ano não deve ser diferente. Em 2010, por exemplo, o Porto do Recife fechou acordo com a Rodrimar, empresa paulista que começa a operar contêineres ainda este mês no cais. O negócio representou um grande passo para a renovação do Porto do Recife, que há quase seis anos não embarcava cargas conteinerizadas. A expectativa é que movimentação traga um incremento de R$ 3,2 milhões na receita do ancoradouro, um acréscimo de quase 15% no balanço anual.

A Intermodal é uma excelente vitrine para mostrar ao público as transformações em curso no cais recifense. O Governo do Estado está investindo cerca de R$ 8,5 milhões na reforma de armazéns e pátios de contêineres, recuperação das vias terrestres, modernização do silo portuário, construção da Estação de Transbordo e da segunda parte do Terminal Marítimo de Passageiros e manutenção da dragagem. A obra de aprofundamento, concluída no final de 2009, com recursos do PAC do Governo Federal, foi o primeiro passo da retomada das operações de grandes cargas no Porto do Recife. O aumento do calado, agora com 11,5 metros, tornou o canal de acesso e a bacia novamente adequada para receber grandes navios e estimulou o crescimento de novas operações no cais.

As obras estruturadoras estão dando mais vitalidade à parte operacional do Porto do Recife, tornando-o mais competitivo e estratégico. Resultado disso é que a cada mês o ancoradouro vem ampliando o embarque e desembarque de cargas. Nos três primeiros meses de 2011, houve um acréscimo de 10,5% nas toneladas movimentadas no cais.

Ad-Diper leva informações sobre plataforma multimodal de Salgueiro à Intermodal

Localizada no cruzamento das BR 232 com a BR 116, a sede do município de Salgueiro, a 520 quilômetros da capital Recife, se coloca numa posição favorável aos empreendimentos que têm como objetivo atender a mercados de bens e serviços das regiões Nordeste e Centro-Oeste. É justamente nesse município, cravado no “coração nordestino”, que o Governo de Pernambuco aposta para ser o novo pólo logístico do Brasil, através da viabilização da Plataforma Logística Multimodal Miguel Arraes de Alencar.

A plataforma está sendo desenvolvida combinando o conceito de central de inteligência logística com o de multimodalidade, telemática e otimização de fretes. Ela será erguida numa área de 301,5 hectares, no entroncamento da BR-232, BR-116 e Ferrovia Transnordestina, tendo tudo para ser o centro articulador do vasto espaço da fronteira agrícola do Nordeste, que, em contato com a ferrovia Norte-Sul promoverá a integração do Nordeste com o Centro-Oeste.

A Plataforma Logística de Salgueiro pode ser encarada como um projeto de desenvolvimento regional que tem entre seus objetivos atrair plantas industriais apoiada em vários elementos, como os projetos estruturadores nordestinos: a Integração das Bacias do Rio São Francisco, o Canal do Sertão, a Hidrovia do São Francisco e a Ferrovia Transnordestina, todos de grande potencial para fornecimento de insumos industriais. A excelente posição logística, o oferecimento de facilidades alfandegárias, com a existência de uma Estação Aduaneira interna à Plataforma, e os lotes reservados à implantação de um parque agroindustrial, com 68,94 hectares, também contribuem para os diferenciais do projeto pernambucano.

Com essa configuração, a Plataforma Logística Multimodal garantirá uma rede logística nacional integrada, com a participação dos modais rodoviário, ferroviário, aeroportuário em Salgueiro, articulado com o marítimo no Complexo Industrial Portuário de Suape, na Região Metropolitana do Recife, e o hidroviário em Petrolina, município do Sertão do São Francisco.

As potencialidades da plataforma fazem o Governo de Pernambuco projetá-la como “a Suape do Sertão”, numa analogia ao melhor porto do Brasil, localizado entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, cujo crescimento segue em ritmo espantoso nos últimos quatro anos. O “boom” do Complexo Industrial Portuário de Suape tem forte influência de empreendimentos como a Refinaria Abreu e Lima, as plantas petroquímicas de POY, PTA e PET, o Estaleiro Atlântico Sul e, mais recentemente, a montadora Fiat e a siderúrgica CSS, que, juntos, somam US$ 19 bilhões em investimentos.

“Salgueiro é onde o Sertão vai virar porto. Estamos sendo bem demandados por empresas de vários setores e ramos de atividade. Já temos plano diretor e estamos fazendo os projetos básicos e executivos da plataforma logística”, afirma Márcio Stefanni, diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico responsável pela implantação do empreendimento.

Fonte: Blog de Jamildo

terça-feira, 22 de março de 2011

O que uma empresa ganha com a Gestão da Qualidade?

Olá! Hoje o tema abordado está relacionado diretamente em uma área um tanto quanto conhecida pelas empresas por sua capacidade de estar à frente de ações relacionadas à melhoria continua da Qualidade, ou seja, já pensou como seria a sua empresa hoje sem a Gestão da Qualidade?


Abaixo relacionei alguns fatores que considero muito importante para uma empresa, e isso se torna possível quando a mesma tem em sua estrutura um setor de Gestão da Qualidade muito bem estruturado com profissionais determinados nas atividades e não podemos esquecer que este setor depende também de ter uma estrutura adequada para suas necessidades.


Objetividade no desempenho de metas


Como seria ter metas definidas sem ter acompanhamento dos resultados e das ações que contribuíram para estas realizações? Por isso digo que objetividade esta atrelada não somente na meta, mas sim, fazer acontecer. Isso é um problema, quando ações são promovidas aos ventos, sem registros e acompanhamento, pois os históricos dos ganhos se perdem, e isso é claro a história da empresa relacionada à melhoria também.


Padronização de seus procedimentos internos


Uma coisa é apresentar um determinado processo e outra é treinar e qualificar este mesmo processo com dados e informações padronizadas, lembre-se que todo o processo deve estar formalizado como um procedimento com objetivo de adequar suas etapas e este mesmo procedimento servirá como manual deste já citado processo.


Avaliação continua de resultados


Resultados devem estar atrelados por uma ação determinada por uma necessidade, então avaliar este comportamento é necessário, e sempre quando os resultados não atingir o desejável, devemos analisar e planejar novamente, portanto a Gestão da Qualidade tem a função de juntamente com demais setores tornarem esta ação um hábito diária.


Adequações de melhorias internas


Uma das funções de um setor de Gestão da Qualidade é estar envolvido na melhoria interna e externa da empresa, pensando sempre que melhorias devem estar de fato envolvidas nos ganhos de uma organização, para isso é sempre muito bom estar diretamente a Gestão da Qualidade ligada aos processos de produção, onde os profissionais sempre tem algo a dizer, e ouvir é um dos pontos chaves do sucesso, porém a melhoria esta sempre dependendo de um fluxo, sendo ele:

  • Ouvir ou detectar a necessidade de melhoria;
  • Analisar;
  • Planejar ação;
  • Avaliar os resultados.


Representação


O Representante da direção é sempre o funcionário da empresa conhecido também como Gestor da Qualidade, analista da Qualidade e ou conforme determinação da empresa responsável pela administração deste setor, lembrando que o Gestor da Qualidade deve estar sempre voltado para as atividades da Qualidade, ou seja, processos de implementação, Gestão, treinamento e auditorias internas e externas diante de uma certificadora para o processo de certificação ou manutenção de um certificado normalizado e outras atividades oriundas deste cargo, mas onde a empresa ganha com este funcionário? Este funcionário este sempre focado no tema Qualidade e a excelência deste setor para melhores resultados da empresa.

Os resultados sempre estão atrelados à direção de uma empresa, onde resultados devem ser vistos como ganhos, mas muitas vezes este resultados necessita-se de investimentos, avaliar investimentos sempre requer um tempo, mas enfim a Gestão da Qualidade não deve ser acumulo de funções e se necessário este setor devem ser desenvolvido em grupo, seja na parte de documentação, metrologia e outros, mas depende da visão de cada empresa.

Mas embora estes argumentos já citado, eu ressalto que muitas empresas tiveram ótimos ganhos e até mesmo crescimento resultante deste setor, a visão da direção da empresa é determinante para este sucesso, mas como profissional da área por mais de 10 anos, digo, empresas são resultantes da ação humana, e claro, ter um grupo falando todos os dias sobre Qualidade e sua excelência não é nada ruim.

Lembre-se de que Gestão da Qualidade é sempre ações e resultados. Se sua empresa não tem ainda um setor com foco na Gestão da Qualidade, procure um profissional desta área, pois seus resultados irão mudar rapidamente, porém é válido lembrar que a Qualificação deste funcionário deve estar sempre em pauta, pois a visão deste é baseada em sua formação.

Enfim os ganhos com este setor são infindáveis,dependendo da parceria de um profissional Qualificado e a direção da empresa.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Visão critica entre Logística e Marketing.

“Há uma competição natural e salutar entre os subsistemas Marketing e Logística numa indústria típica. As idéias geradas na área de marketing tendem a ser mais abstratas (tendências de mercado, nível de serviço desejado pelo cliente, etc.), pois esse setor lida com fatores subjetivos. Já a logística trata de problemas mais concretos (estoques, frota, prazos de entrega, etc.). A compreensão dessas diferenças fará com que as relações conflitantes entre Marketing e Logística sejam resolvidas de forma a se obter soluções melhores quando visto no seu todo o Sistema Industrial em que a empresa está inserida”.


Marketing e a Logística trabalham juntos, enquanto o primeiro desenvolve produtos e se preocupa com as vendas provenientes da elaboração de campanhas, o segundo faz a gestão dos meios de distribuição dos bens e por trabalhar desta forma em tese deveriam se entender bem, mas não é o que acontece na prática os profissionais que trabalham nas respectivas áreas defendem pontos de vista diferentes, não que aconteça desentendimentos entre eles é que esse ponto de vista é passível de discussão como mostra a obra de Carlos Alberto Mira “Logística, O Último Rincão do Marketing”.


O autor discorre nos capítulos uma abordagem completa sobre Logística e Marketing, o interessante é que o autor que além de estar à frente de uma empresa de transporte aborda a área de Marketing com muita propriedade reunindo informações e confrontando as de maneira bem construtiva, a interessante obra serve de base para a apresentação do conteúdo exposto neste texto.


A compilação traz a afirmação de que: “É perfeitamente possível a Logística de mercado maximizar atendimento aos clientes e minimizar o custo de distribuição” desta forma o autor confronta a afirmação de Philip Kotler guru do Marketing que diz: “Muitas empresas definem seu objetivo para a logística de mercado como ‘levar os produtos certos, no prazo combinado, com o mínimo custo’. Infelizmente, esse objetivo proporciona pouca orientação prática. Nenhum sistema de logística de mercado pode simultaneamente maximizar o atendimento aos clientes e minimizar o custo de distribuição. Um atendimento excelente ao cliente implica estoques elevados, transporte especial e vários depósitos, fatores que aumentam os custos de logística de mercado”


Nesta linha o autor Carlos Alberto Mira sustenta a possibilidade de as operações logísticas reduzirem os custos e maximizarem a qualidade dos serviços prestados “A logística pode sim levar os produtos certos no prazo combinado, com um mínimo custo. É tarefa da logística a um só tempo, disponibilizar produtos e reduzir custos. Em geral, o importante é a compreensão dos custos logísticos contra um conjunto de variáveis- ainda que se aumente a despesa com armazenagem, em certa operação, o gasto poderá ser compensado pela redução no custo de transporte”

Objetivo da Logística


Segundo Ballou, Ronald. H o objetivo da logística é “Fazer com que produtos e serviços, sejam entregue a pessoa certa no local combinado e a um preço justo”, já para CLM (Council of Logístics Manegment) “É processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente”, como podemos observar à logística se preocupa com o perfeito atendimento das necessidades dos clientes sem onerar demais as operações considerando os custos, mas mantendo o controle desses.


Objetivo do Marketing


Na visão do guru Philip Kotler o objetivo do marketing é “Atender as necessidades de forma lucrativa”, enquanto que para Theodore Levitt “Marketing é obter e manter clientes” essas definições se traduzem em uma só, preocupação com os clientes, mas se comparado as visões entre Logística e Marketing ambas se preocupam com o perfeito atendimento das necessidades impostas.


Então por que há o confronto de idéias entre esses profissionais?


A resposta a essa pergunta esta no fato que cada profissional das respectivas áreas tem visões diferentes. Enquanto o profissional de logística responde por uma operação mais complexa que envolve o deslocamento de matérias primas e produtos acabados assim como produção, o profissional de Marketing se preocupa com a criação dos produtos até estar disponível aos clientes, portanto uma visão mais direta.


A principal preocupação entre os profissionais apontam para os custos relativos à elaboração de práticas sejam Logísticas ou de Marketing e entender quais são esses custos pode esclarecer a algumas dúvidas.


Custos Logísticos


Segundo Ching, Hong Yuh (2006) “Custos Logísticos são decorrentes das operações Logísticas da empresa: Suprimentos, conservação física e distribuição” há uma despesa a ser relacionada na hora de elaborar uma estratégia de mercado que não pode ser deixada de lado.


“Segundo medições realizadas pelo Banco Mundial e apresentadas em um seminário, em Março/05 em São Paulo pelo ministério dos Transportes, indicam a seguinte estrutura dos custos Logísticos: Administração: 20,5% Armazenagem: 19%, Estoque: 18,7%, Trâmites Legais: 10,10%, Transporte: 31,8%.”


Nas informações acima citadas o maior peso na composição dos custos é dado ao transporte ele representa em média 60% dos custos logísticos, o transporte somado a atividades que envolvem entre outras, armazenagem, controle de estoques e processamento de pedidos representam 1/5 da composição de custos de uma indústria.


Se custo é a principal preocupação sua redução é essencial para o sucesso das operações e para tal algumas técnicas são aplicadas para se atingir eficiência operacional, entre as praticadas esta o “Crossdocking” que constitui na transposição da mercadoria em uma doca de um veiculo para outro sem a necessidade de prévio armazenamento.Outra técnica bastante utilizada é a “Consolidação de cargas e consiste em compactar a carga em um veiculo grande a partir de outros pequenos, em síntese pequenos lote de carga sendo carregados em um mesmo veículo com isso possibilita reduzir o custo do frete, ganhar em escala e aumentar o nível de serviço ao cliente.


Nas operações logísticas é indispensável à armazenagem dos produtos e a gestão eficiente da estocagem dos produtos, assim como a gestão do transporte, portanto a escolha do armazém que pode ser de natureza própria, alugado ou geral pode impactar nos custos pertinentes as operações, se for o caso opta-se por uma relação cuja gestão desse serviço fique a cargo da empresa especializada.


Outro meio de reduzir custos é por meio da terceirização ou “Outsourcing”, um exemplo prático: Muitas empresas terceirizaram a limpeza, enquanto outras terceirizaram a segurança, então, em vez de controlar a faxineira ou o guarda, passaram a contratar uma empresa de limpeza, o que gerou menor despesa e permitiu que se focalizasse o negócio propriamente dito.


Por volta de 1980 empresas na Europa começaram a discutir qual era o foco do seu negócio, o passo seguinte foi a perceber a necessidade de terceirizar as atividades logísticas, por considerar que estas demandavam além de vultuosos investimentos, também especializações, atividades como: “Armazenagem, Movimentação física, Controle de estoques, Transporte e entrega dos produtos aos clientes”, poderiam ser executado pelos transportadores, pois esses possuíam know-how, e a empresa passaria a se preocupar somente com seu Core pertence “competências”.


Em meados de 1987, especialistas em terceirização procuraram a Italiana Pirelli, fabricante de fios, cabos e pneus, e levantaram a seguinte questão: “Ao invés de investirem milhões em um sistema de armazenagem, por que não transferir para alguém com competência a gestão da logística” A conclusão dos executivos foi de que esses milhões deveriam ser investidos em tecnologia do produto, surgindo assim, a primeira operação logística terceirizada por uma grande indústria na Europa, sendo responsável pelas operações a transportadora Fintransporti.


Esse movimento no Brasil ocorreu por volta de 1989, sendo criada a Brasildocks que atendia a Pirelli. Já no final da década de 1990 grandes empresas chegaram ao Brasil caracterizando a expansão desta atividade, Em 1991 foi a vez da Philips criar uma divisão de distribuição física sigla denominada “DDF”, empresas como Ryder, TNT Logistics, Exel e DHL passaram a atuar como operadores logísticos.


Existem diversas formas de reduzir custos logísticos que são utilizadas por empresas cada uma a sua maneira e que melhor se adapte a necessidade, mas vale destacar uma ferramenta de uso contínuo quando se lida com operações que periodicamente é afetada pelas mudanças de mercado, esta técnica é conhecida como “Benchmarking”.


“Benchmarking é o processo contínuo de medição de produtos, serviços e práticas em relação aos mais fortes concorrentes ou as empresas reconhecidamente em suas indústrias” esta definição foi proferida por David T. Kearns “Executivo chefe da Xerox”, para Robbins (2000) Benchmarking “Consiste na prática de comparação, através de parâmetros mensuráveis, visando avaliar o desempenho de um processo da empresa com um processo semelhante de outra organização” e segundo ZAIRI&LEONARD (1995) consiste em “Um padrão, um ponto de referência”.


Essa técnica geralmente é confundida como a cópia ou imitação de uma atividade praticada pela empresa concorrente, quando na verdade é um modelo de pesquisa que visa aproveitar e comparar modelos de processos bem estruturados cujo resultado é positivo a empresa que visa sua aplicação.


Portanto Benchmarking é “Um processo contínuo, Uma investigação que fornece informações valiosas, Um processo de aprendizado com outros, Um trabalho intensivo, consumidor de tempo que requer disciplina, Uma ferramenta viável a qualquer organização e aplicável a qualquer processo”


A área de Marketing formula suas expectativas em relação ao atendimento aos clientes, mas numa forma um tanto vaga e sem quantificar as implicações em termos de custo, operação, recursos de pessoal, etc. Quando o profissional de Marketing pensa nos clientes, visualiza atributos tais como: satisfação, entrega nos prazos adequados, volume de vendas, etc.


Para o profissional de Logística, é necessário ir além desses conceitos. Ele precisa viabilizá-los concretamente, por meio do transporte adequado, armazéns e depósitos estrategicamente localizados, etc. Logística é confundida muitas vezes com transportes, coleta/entrega, armazenagem, etc., quando sua característica principal é a integração sistêmica com o restante da empresa, principalmente o Marketing.


Os 4 P’s do Marketing

Produto, Preço, Promoção e Praça, enquanto o profissional de Marketing se preocupa exclusivamente com a criação de produtos e sua aceitação no mercado, o profissional de Logística foca nas operações de distribuição e compreendem outros aspectos que impactam as operações, deste modo produto, preço e promoção fazem parte do universo dos profissionais de Marketing, enquanto praça faz parte do universo do profissional de Logística ainda que este compreenda toda a cadeia produtiva em sua responsabilidade operacional.


Visões diferentes, mas nada de errado nisso o que existe na verdade é uma visão característica do profissional atuante a busca deve ser a harmonização dos conhecimentos e a aplicabilidade em prol do sucesso profissional de ambos.

Fonte: Administradores.com.br

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ambev prevê abertura de 1,4 mil vagas neste ano


Contratações refletem expansão da empresa, que investiu R$ 2 bi em 2010.
Áreas que terão vagas serão de produção, vendas e logística.

Do G1, em São Paulo


A Ambev prevê abrir 1.400 novos postos de trabalho ao longo de 2011 nas áreas de produção, vendas e logística. O acréscimo equivale a cerca de 5% da base atual da companhia, que conta com aproximadamente 29 mil profissionais.

Confira lista de concursos e oportunidades

As vagas, quando abertas, serão anunciadas no site www.ambev.com.br e trarão os requisitos necessários e os locais de trabalho. Os cargos abrangem vários setores como fábrica e gerência.

De acordo com a companhia, as novas vagas refletem a expansão da Ambev, que no ano passado investiu volume recorde para ampliar em 15% sua capacidade produtiva. Além da área industrial, outros setores, como vendas e logística, também receberam investimentos.

"Estamos nos estruturando para acompanhar o crescimento do país e o aumento da demanda. Por isso, estamos ampliando nossos quadros", afirma a gerente Corporativa de Remuneração e Benefícios da Ambev, Carolina Guerra.

Fonte: http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2011/02/ambev-preve-abertura-de-14-mil-vagas-neste-ano.html

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Indústria naval ganha impulso com encomendas e contrata 75 mil

Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) movimenta estaleiros para produção de 46 navios e deve abrir 200 mil postos de trabalho até 2014

Termina em março o prazo para que empresas entreguem propostas para a fabricação dos últimos oito navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), do Sistema Petrobras. Ao todo, 41 petroleiros já passaram pelo processo de licitação, desde 2004, com investimentos de quase R$ 10 bilhões. Três deles foram entregues em 2010. Outros 11 serão lançados ao mar ainda este ano. Além de promover a indústria naval brasileira, com a exigência de que os estaleiros nacionalizem de 65 a 70% da produção, o programa ainda tem como objetivo preparar a logística de transporte para os campos do pré-sal.

Até agora, mais de 15 mil empregos diretos e 60 mil indiretos foram criados e a perspectiva é de que sejam abertos 200 mil novos postos de trabalho até o final do programa, em 2014. A carteira completa de encomendas do Promef é de 49 navios de grande porte que serão operados pela Transpetro, empresa de logística e transportes subsidiária da Petrobrás.

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado afirma que “o cenário da indústria naval já é outro, com uma demanda crescente de encomendas de armadores nacionais e estrangeiros, além de projetos de instalação de novos estaleiros".

Por enquanto a produção naval brasileira está concentrada em Niterói, no Rio de Janeiro, e no Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco. Mas outros polos regionais de construção de petroleiros podem surgir, porque 16 companhias – nacionais e internacionais - foram convidadas para participar do processo de licitação dessa última rodada de encomendas.

O Promef também vai ajudar o governo a economizar R$ 3,4 bilhões por ano, com o afretamento de embarcações junto a armadores estrangeiros. Isso porque a frota nacional possui apenas 52 dos mais de 180 petroleiros que são necessários anualmente para o transporte de gás e petróleo.

Técnicos da Petrobras explicaram que se o Promef não se concretizasse, a frota nacional de petroleiros se reduziria a 20 navios até 2015, em função da idade das embarcações, que têm limite de vida útil entre 25 e 30 anos. Com o programa, a situação se inverte e o Brasil pode chegar a ter em sua frota mais de 110 navios em 2014.

O programa deve impulsionar pesquisas, criando bases tecnológicas e capacitação profissional para o crescimento sustentável do segmento naval. Foi elaborado um plano que envolve parcerias com universidades, centros de pesquisa e de desenvolvimento, além de instituições de capacitação.

Umas das principais referências é o Centro de Excelência em Engenharia Naval e Oceânica (Ceeno), que congrega várias instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), entre outras.

"O Promef, por meio do volume de encomendas, garante escala aos estaleiros para que possam investir em instalações, tecnologia e capacitação profissional. Dessa forma, conseguem alcançar preços e qualidade internacionalmente competitivos”, ressalta Sérgio Machado.

Pré-sal - A exploração de novos reservatórios e o início de produção dos campos do pré-sal abrem perspectivas de aumento de encomendas de embarcações e empregos para a indústria naval brasileira. Como os novos campos petrolíferos se encontram em águas profundas, a mais de 250 quilômetros de distância da costa, serão necessárias novas soluções de transporte de gás e óleo produzidos pelas plataformas.

Além disso, uma das fortes característica da construção naval é a estimulação de grande número de empresas que giram em torno dos estaleiros. A fabricação de cada navio exige a produção de dois a três mil itens, como chapas de aço, tintas e solventes, amarras, tubulações, fios, válvulas e bombas centrífugas. Cerca de 70% dessas peças, chamadas de navipeças, são produzidas no Brasil.

Petroleiro do Promef foi primeira obra do PAC

A construção do navio petroleiro suezmax, batizado de João Cândido e entregue à Transpetro em março do ano passado, foi o primeiro contrato do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Montado em Pernambuco, a embarcação tem 274 metros de comprimento e é capaz de transportar um milhão de barris de petróleo, ou seja, metade da atual produção diária brasileira.

Além disso, foi o primeiro navio petroleiro construído no Brasil a ser entregue em 13 anos. Seis anos após o lançamento do programa, a indústria naval brasileira, que havia desaparecido dos radares, já possui a quarta maior carteira de encomendas de navios petroleiros do mundo.

O segundo lançamento do Promef foi o navio de produtos Celso Furtado, lançado ao mar em junho de 2010, em Niterói. Trata-se de uma embarcação para transporte de derivados claros de petróleo, com capacidade para 48,3 mil toneladas de porte bruto e 182 metros de comprimento.

Também do Rio de Janeiro foi lançado, em novembro de 2010, o terceiro navio do Programa. A embarcação, batizada como Sérgio Buarque de Holanda, é usada para o transporte de derivados claros de petróleo, com capacidade para 48 toneladas de porte bruto e 182 metros de comprimento – o equivalente a dois campos de futebol. O navio de produto atingiu o índice de nacionalização de 68.8%, acima do nível mínimo estabelecido para a primeira fase do Promef, que era de 65%.

História recente da indústria naval brasileira

Documentos do Ministério dos Transportes mostram que na década de 70, a indústria brasileira de construção de grandes navios chegou a ser a segunda colocada no ranking internacional. Em 1979, foram construídos 50 navios, totalizando 1.394.980 toneladas, sendo nove navios para exportação. A indústria tinha, nesse ano, quase 40 mil empregados diretos e 160 mil indiretos.

Em meados dos anos 80, a indústria naval brasileira entrou em declínio. Muitos estaleiros fecharam. O seguimento ficou mais de 20 anos sem receber encomendas. O resultado foi a estagnação tecnológica, o desemprego e o desperdício de bilhões de dólares com o afretamento de navios estrangeiros.

Modelos de embarcações petrolíferas

Suezmax – navio petroleiro para o transporte de óleo cru. A capacidade de carregamento está na faixa de 140 a 175 mil toneladas de porte bruto (TPB).

Aframax – navio petroleiro para transporte de óleo cru. A capacidade de carregamento está na faixa de 80 a 120 mil TPB

Panamax – navio petroleiro para transporte de óleo cru e produtos escuros. A capacidade de carregamento está na faixa de 65 a 80 mil TPB

Navios de Produtos – navio petroleiro para o transporte de produtos derivados de petróleo, como diesel, nafta, gasolina, óleo combustível e querosene de aviação. A capacidade de carregamento está na faixa de 30 a 50 mil TPB

Navio de Bunker – navio de transporte de óleo combustível pesado e/ou óleo diesel. Tem como função abastecer outros navios.

Navio Gaseiros – tipo de embarcação construída para o transporte de gás liquefeito de petróleo. Destinado prioritariamente à navegação de cabotagem.

Navio de Posicionamento Dinâmico (DP) – navio aliviador que possui adicionalmente um grupo de propulsores gerenciados por sistemas computadorizados, que possibilitam manter a posição estacionária em um determinado ponto próximo a unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarregamento de petróleo.

Por Redação Pantanal News/Governo Federal


Fonte: http://www.pantanalnews.com.br/contents.php?CID=66620

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Programa 10 ´S



No Brasil, em 1990 uma prática de uma política mais agressiva de abertura da economia começou a ser praticada. Algumas propostas para modernização do sistema de gestão já estavam sendo utilizadas por abnegados professores que estavam estudando novas metodologias, técnicas e ferramentas.

Conforme resultados excepcionais nesses estudos os executivos, gestores, consultores e empresários iniciaram novas formas de gestão, que assim, trouxe grandes resultados para qualidade e produtividade para as empresas brasileiras e gerando então um aumento na competitividade de produtos tanto no mercado interno quanto no mercado externo.

Novas propostas e metodologias chegaram de diversos países, em especial, do Japão. Os métodos gerenciais japoneses provocaram diversas polêmicas no que se refere a gerar as mesmas expectativas e resultados no Brasil.

O programa 10S é uma proposta que visa reeducar as pessoas, modernizar as organizações, buscar a melhoria nos ambientes, recuperar valores e cuidar da saúde e segurança. As empresas que adotaram as práticas, inicialmente do 5S, tem resultados comprovados de que o fortalecimento do espírito de equipe tem crescido e levando as pessoas a ter mais iniciativa e participar mais ativamente do cotidiano da empresa.

Na implantação do programa 10S, a avaliação é feita por dois avaliadores que devem ser treinados, um interno da área que está sendo avaliada e outro externo. Eles irão avaliar pelo menos 50 itens, com pontuações que variam de 0 a 10. Essa avaliação pode ser realizada a cada três meses, ou seis meses ou até mesmo uma vez ao ano.

Vamos aos 10S:

1º - Senso de Utilização (SEIRI)

Tem como objetivo, “separar por grau, tipo ou tamanho”. O ponto chave é saber o que seria essencial estar presente naquele ambiente de trabalho, eliminando tudo o que não agrega valor, utilizando todos os recursos disponíveis, evitando o excesso, desperdícios e má utilização.

Benefícios: maior senso de organização e economia reaproveitando o que está disponível, aumento da produtividade das pessoas envolvidas, menos riscos de acidentes no local de trabalho, evita compras desnecessárias e combate a burocracia.

2º - Senso de Ordenação (SEITON)

Ordenar é a conseqüência natural de arrumar aquilo que se utiliza é ter o que é necessário na quantidade certa, na hora e local adequados.

Benefícios: reduz tempo de busca do que se precisa, diminui a necessidade de controle de estoque, facilita a movimentação interna, aumenta a produtividade racionalizando o trabalho e diminuindo o cansaço físico e mental.

3º - Senso de Limpeza (SEISOH)

Este terceiro senso visa a limpeza, não basta varrer tirando o pó e a sujeira, é importante que cada um após utilizar um equipamento, uma ferramenta, veículo ou máquina os deixe limpos e em boas condições de uso. O contexto desse senso seria zelar pela conservação e limpeza de tudo que utilizamos.

Benefícios: ambiente mais sadio e agradável evita acidentes, proporciona maior vida útil dos equipamentos e máquinas, diminui o desperdício e a poluição além de melhorar a imagem da empresa.

4º - Senso de Saúde e Higiene (SEIKETSU)

Verifica se o espírito do programa está sendo absorvido, ou seja, checar o resultado parcial em toda empresa, checar os banheiros, refeitórios, oficinas, áreas operacionais. Se estes locais estão em ordem, o programa está sendo cumprido.

Benefícios: prevenção de acidentes, elevação dos níveis de satisfação e motivação pessoal, melhoria da qualidade de vida, combate a doenças.

5º - Senso de Autodisciplina (SHITSUKE)

Neste senso devem-se cumprir os procedimentos operacionais, a ética e os padrões da empresa. Seria o S mais complexo, pois os empregados devem executar as tarefas como hábito sem achar que não há nada para evoluir. A autodisciplina exige constante aperfeiçoamento. Um ambiente de trabalho disciplinado é a medida mais importante para se garantir a qualidade.

Benefícios: os empregados terão mais conscientização da responsabilidade em todas as tarefas, cumprirão as regras e procedimentos estabelecidos, tudo será executado dentro dos requisitos da qualidade, desenvolvimento pessoal e profissional estará em pauta nesse senso também, além de se poder incrementar a qualidade geral dos serviços e das relações interpessoais.

6º - Senso de Determinação de União (SHIKARI YARO)

Irá pregar a participação dos gestores em parceria com a união de todos os empregados. As chaves do senso são motivação, liderança e comunicação. Um ponto importante é a transparência na condução da gestão onde os gestores devem definir formas para que todos se encaixem no processo para assim se ter um bom trabalho de equipe, buscando o comprometimento de todos e alcançando assim resultados previstos.

Benefícios: aumento da confiança dos empregados dentro da organização, maior compromisso dos empregados visando os resultados desejados e melhora nas relações interpessoais.

7º - Senso de Treinamento (SHIDO)

Visa o treinamento do profissional e educação do ser humano, permitindo qualificar o profissional e engrandecer o ser humano que passa a ter maior empregabilidade. No ambiente da administração moderna o ser humano deve ser considerado de maior valor, pois através dele é que a organização irá atingir resultados desejados.

Benefícios: maior empregabilidade, aumento da produtividade e resultados e desenvolvimento de talentos.

8º - Senso de Economia e Combate aos Desperdícios (SETSUYAKU)

Este senso irá ajudar nos resultados da empresa, reduzindo custos e aumentando a produtividade. Devem-se estimular os empregados para que criem novas alternativas de redução de perdas de materiais e serviços, dando a eles noção da realização do trabalho com qualidade, contribuindo com a prática da reciclagem e com o meio ambiente.

Benefícios: economia para a empresa, redução de horas extras, preservação do meio ambiente, reeducação das práticas de aquisição de materiais.

9º - Senso dos Princípios Morais e Éticos (SHISEI RINRI)

Ter ética e ser capaz de voltar esforços para objetivos mais nobres e importantes da empresa. A empresa deve definir padrões de conduta, para que cada empregado saiba o que é certo e o que é errado.

Benefícios: empregados mais compromissados com os resultados da empresa, procurando agir com ética perante a própria empresa, clientes e fornecedores.

10º - Senso de Responsabilidade Social (SEKININ SHAKAI)

A responsabilidade social vai muito mais além dos pagamentos de impostos, tributos e cumprimento de legislação trabalhista e ambiental. A empresa e seus funcionários devem ter um compromisso com a sociedade. Incentivo da empresa juntamente com seus funcionários para realização de trabalho voluntário, atendendo entidades carentes.

Benefícios: melhoria da imagem da empresa perante a sociedade e órgãos do governo, maior produtividade dos empregados, participação do crescimento sócio – econômico da população.

Dentro da organização, a filosofia dos 10S deve ser exercida para que o objetivo seja a melhoria nas condições de trabalho, motivando assim os empregados para que possam transformar sua capacidade em realizações pessoais e para e empresa.

Fonte: Banas Qualidade

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