Este é um artigo cientifico que foi publicado em um evento com os seguintes autores:
Andre Miranda Dourado Nunes, Maria Daniele Inacio da Silva feitosa, Ana lucia Fernandes da silva, Mayara Medeiros e Francisco Kegenaldo Alves de Sousa.
1. Introdução
A competitividade no mercado tem sido intensificada a
cada ano, exigindo das empresas uma maior organização e melhoria dos seus processos
produtivos, buscando uma máxima agregação de valor nos seus produtos e serviços,
neste contexto, podemos analisar que o arranjo físico ou layout é uma área
importante para a conquista da vantagem competitiva da organização. Segundo Toledo
Júnior (2007), o planejamento de arranjo físico é recomendável a qualquer
empresa, grande ou pequena. Com um bom arranjo físico obtém resultados
surpreendentes na redução de custos de operações e no aumento da produtividade
e eficiência.
Segundo Corrêa & Corrêa (2008), a decisão de
arranjo físico é uma parte importante da estratégia da operação. Um projeto bem
elaborado de arranjo físico será capaz de refletir e alavancar desempenhos
competitivos desejáveis. Ou seja, o arranjo físico na empresa deve condizer com
a estratégia da empresa, pois existem arranjos físicos que favorecem a
flexibilidade, outros a customização e outros a eficiência dos fluxos e dos
recursos.
Para o estudo de arranjo físico, deve se analisar o
processo de fabricação atual e propuser mudanças de layout em que proporcione
uma melhoria no processo. Para isso o estudo do processo e técnicas de
fabricação é essencial, sendo assim o uso de um mapofluxograma ou
mapa-fluxograma é imprescindível, pois, possibilita um estudo detalhado do
processo. Segundo Barnes (1977), o mapa-fluxograma possibilita uma melhor
visualização do processo para isso desenham-se linhas nesta planta mostrar a
direção do movimento, e os símbolos do gráfico do fluxo do processo estão
inseridos nas linhas para indicar o que está sendo executado.
O mapofluxograma é uma ferramenta deste estudo em que
busca ajustar o processo produtivo em uma ordem lógica, em que gaste o menor
espaço físico. Neste trabalho tem-se como objetivo de apresentar e desenhar o
layout atual, evidenciando os problemas nele existente; propor um novo layout relacionando
com os ganhos que ocorreram com a nova proposta e descrever a conclusão a
respeito da nova alternativa do arranjo físico.
Este trabalho, resultado de
pesquisa bibliográfica sobre o tema objeto de estudo e visitas in loco, possibilitando uma maior
compreensão do processo. O trabalho terá o foco na produção de pães
de sal ou francês. Sendo feito uma análise em uma padaria do município de
Campina Grande – PB no bairro Bodocongó.
2. Referencial Teórico
2.1. Arranjo
físico
A análise e os ajustes de layout são ferramentas que
poderiam ser utilizadas para aumentar a flexibilidade e melhorar a eficiência e
a produtividade da produção, não necessitando de compra de máquinas e
equipamentos. Segundo Cassel (1996), o avanço tecnológico não implica,
necessariamente, na aquisição de máquinas mais modernas e mais automatizadas,
necessitando menos mão de obra. Este avanço pode ser em nível de estrutura da
empresa, de uma mudança no processo ou de uma mudança na disposição do sistema
produtivo.
De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009), o
arranjo físico de uma operação ou processo é como seus recursos transformadores
são posicionados uns em relação aos outros e como várias tarefas da operação
serão alocadas a esses recursos transformadores. Ou seja, de que forma os
equipamentos, instalações, pessoas e matérias são posicionados, levando se em
consideração o processo produtivo.
Ainda segundo os mesmos autores o objetivo de qualquer
arranjo físico dependerá dos objetivos estratégicos de uma operação, mas
existem alguns objetivos gerais que são relevantes a todas as operações:
segurança inerente, extensão do fluxo, clareza de fluxo, conforto para os
funcionários, coordenação gerencial, acessibilidade, uso do espaço e
flexibilidade ao longo prazo.
2.2. Sistema
Produtivo
A identificação do tipo de arranjo físico ideal será
de acordo com as características do sistema produtivo, segundo Tubino (2009), a
classificação dos sistemas produtivos tem por finalidade facilitar o
entendimento das características inerentes a cada sistema de produção e sua
relação com a complexidade das atividades de planejamento e controle desses
sistemas.
Na Figura 1 a
seguir, podemos analisar as características dos sistemas produtivos e
analisando a partir destas características é que podemos definir em que tipo de
arranjo físico irá analisar e propor.
Fonte: Tubino
(2009)
Figura 1: Características básicas dos sistemas
produtivos
Deve-se analisar que as características dos sistemas
produtivos apresentará resultado no arranjo físico adotado, pois a escolha de
um sistema flexível acarreta em priorização de características que irá suprir da
melhor maneira as necessidades do mercado.
a) Sistemas Contínuos
Segundo Tubino (2009), é chamado de
contínuo porque não se consegue facilmente identificar e separar dentro da
produção uma unidade do produto das demais que estão sendo feitas. O seu
sistema é de baixa flexibilidade, mas com demanda alta e consequentemente baixo
curto, sendo assim o seu fluxo de materiais é priorizado como fator principal.
b) Sistema em Massa
Segundo Slack, Chambers, Johnston (2009),
são os que produzem bens em alto volume e variedade relativamente estreita. As
mudanças dos produtos são baixas ao longo do tempo, sendo assim o layout é
pouco flexível, e devido a alto volume de produção tem como prioridade o fluxo
de matérias transformadas no sistema.
c) Sistema em Lote
Segundo Corrêa & Corrêa (2008), um
processo similar ao processo por tarefa no sentido de que seu arranjo físico
deve se funcional pelo alto grau de flexibilidade ainda requerida, mas já há
especialização e dedicação de funcionários aos equipamentos e há ainda a
ocorrência de economia de escala. Os sistemas em lote tem um grau de
flexibilidade bem maior do que dos sistemas contínuos e em massa, devido que a
produção em escala é menos do que em dos outros dois. O sistema em lote foca na
flexibilidade para um maior cumprimento das necessidades do mercado.
d) Sistema Sob
Encomenda
Segundo Tubino (2009), tem como finalidade
a montagem de um sistema produtivo voltado para o atendimento de necessidades
especificas dos clientes, com demandas baixas, tendendo para a unidade. Neste
sistema deixa claro que a flexibilidade no sistema é extremamente essencial
para o bom funcionamento, pois sendo assim possibilita a rapidez à mudança de
acordo com a necessidade do cliente.
2.3. Fluxograma
De acordo com Barnes (1977), o fluxo de processo é uma
técnica para se registrar um processo de maneira compacta, a fim de tornar
possível sua melhor compreensão. Para isso Barnes utilizou as simbologias
usadas por Gilbreth e posteriormente foi padronizado em 1947 pela American Society of Mechanical Engineer
(ASME)
em que veremos na Figura 2 a seguir:
Figura 2: Símbolos
de Gilbreth para gráficos do fluxo do
processo
Fonte: Adaptação de BARNES (1977) apud Gilbreth
O fluxograma segundo Slack, Chambers e Johnston (2009),
podem ser usados para obter um melhor entendimento detalhado antes do
melhoramento. Também segundo Slack et al.,
deve se analisar o ato de registrar, pois a má formulação do fluxo torna o
processo confuso e mal organizado.
2.4. Mapofluxograma
O uso desse método para o melhoramento do processo
produtivo é importante, pois possibilita uma melhor visualização do fluxo por
toda a linha de produção, analisando as restrições físicas e estruturais do
local onde esta o sistema produtivo.
De acordo com Barnes (1977), o mapofluxograma
representa a movimentação física de um item através dos centros de
processamento disposto no arranjo físico de uma instalação produtiva, seguindo
uma sequencia ou rotina fixa. Ou seja, o mapofluxograma tem como fim visualizar
da melhor forma o fluxo de matéria-prima, produtos e pessoas durante todo o
processo produtivo, percorrido pelo produto ao longo de sua agregação de valor
dentro da empresa, um tipo particular de mapeamento é realizado sobre uma
planta (mapa) de edifício, ou sobre a área em que a atividade se desenvolve.
2.5. Princípios
para a elaboração do Layout
Segundo Villar e Nóbrega Junior (2004), existem seis
princípios básicos para a elaboração do layout que visam atingir objetivos de
melhorias que são:
a)
Integração
O objetivo deste princípio é a interação das
atividades que compõe o sistema e instalações industriais, este princípio
apresenta a importância de realizar uma analise, pois a falha de um destes
elementos do processo pode acarretar em perdas no processo e consequentemente
reduzindo a eficiência de produção.
b)
Mínima
distância
Neste
principio, busca-se a redução das distâncias percorridas durante a produção,
levando-se em consideração que quanto maior a distância percorrida durante todo
o sistema maior são as chances do produto ter defeitos ou acidentes e tornar o
produto com alto custo. Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009) o fluxo de
materiais, informação ou clientes deve ser canalizado pelo arranjo físico, de
modo a atender aos objetivos da operação. Em muitas operações, isso significa
minimizar as distâncias percorridas pelos recursos transformados.
c)
Obediência
ao fluxo de operação
O uso deste princípio é utilizado principalmente em
arranjos lineares ou por produto, em que a obediência do fluxo é imprescindível,
pois possibilita um fluxo contínuo e sem retrocesso, interrupção ou
cruzamentos.
d)
Uso
das três dimensões
De acordo com Villar e Nóbrega Junior (2004), ao se
utilizar a dimensão vertical, reduz-se a necessidade total de espaço, levando a
redução de investimento em edificações com a consequente redução dos custos. Ou
seja, devem-se analisar os volumes demandados das instalações e analisar essas
ocupações em porões, subsolos etc.
e)
Satisfação
e Segurança
Neste principio busca-se a satisfação e seguranças das
pessoas envolvidas em que irão utilizar as instalações, para isso a analise das
condições de segurança como hidrantes, saídas de emergências, iluminação,
sinalização etc. e analise de bem estar ou conforto como temperatura, analise
ergonômica, ruídos, vibrações etc. é imprescindível para a elaboração do
layout.
f)
Flexibilidade
Nos processos produtivos a flexibilidade é importantíssima,
pois possibilita que o sistema produtivo não sofra tanto com as mudanças
impostas pelo mercado e também permite que o tempo de reação e adaptação do
novo arranjo físico seja mínimo. Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), os
arranjos físicos devem ser alterados periodicamente à medida que as
necessidades da operação mudam. Portanto, a flexibilidade deve suprir as
necessidades atuais e possíveis necessidades futuras.
3. Metodologia
Para a elaboração do trabalho de pesquisa
que resultou neste artigo, foi utilizada uma revisão bibliográfica que, segundo
Gil (2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. As fontes bibliográficas são em grande número e podem ser
assim classificadas, como veremos na Figura 3 a seguir:
Fonte:
Gil (2004)
Figura 3: As fontes bibliográficas
Foram utilizados softwares como o Auto CAD
versão 2006, para a elaboração da planta baixa, fluxograma e mapa fluxograma,
também foram utilizados o software Microsoft Visio versão 2010 para a
elaboração o gráfico de fluxo do processo. O objeto de estudo foi uma padaria
por onde foram realizadas visitas in loco.
O trabalho terá como foco o estudo do arranjo
físico na produção do pão francês, pois se trata de um produto que passa pela
maior quantidade de operações e máquinas e por ser um produto de maior demanda.
4. Resultados e
Discussão
4.1. Objeto de
estudo
A panificadora objeto de estudo está localizada no
bairro Bodocongó, na cidade universitária de Campina Grande, segundo IBGE (2010), a cidade possui 385.213 habitantes (densidade demográfica de 648,31
hab/km²), sendo a segunda maior cidade do estado da Paraíba, a empresa se localiza
de forma bastante estratégica, sendo referencia no bairro onde se estabelece. A
panificadora está no mercado à aproximadamente 18 anos, e tem uma vasta oferta
de produtos, que são: pães, doces e salgados, massas de pizza, salgados em
gerais, bolos entre outros produtos. Tem aproximadamente quatro funcionários
para a fabricação de Paes sendo que são três ajudantes e um padeiro. A empresa
funciona todos os dias da semana, sendo que de segunda a sexta trabalham de 07:00
horas as 19:30 horas e nos sábados e domingos de 07:00 horas as 14:30 horas.
4.2. Análise do
processo produtivo
O processo de fabricação dos pães em geral segue um
padrão bem parecido, mas o trabalho atual, da preferência ao pão francês, pelo
fato dele ser o carro-chefe da empresa em estudo, bem como pela maior
facilidade de discriminar as principais causas que levem a grande variedade dos
pesos. O processo deste pão envolve sete máquinas, que são distribuídas na
seguinte ordem: balança, masseira, cilindro, divisora, modeladora, câmara de
crescimento e forno elétrico.
Para uma melhor compreensão da produção de pães é
realizado um fluxograma da fabricação do produto e compreender a sua forma de
fabricação, como veremos na Figura 4 a segu
Figura 4: Processo
de panificação
- A balança, usada em varias partes do
processo, tem finalidades de aferição, a fim de se obter padrões de pesos
dentro do processo, ela trabalha com uma variação de duas gramas.
- A masseira é fundamental para realizar a
mistura das matérias-primas no inicio do processo, com o propósito de
homogeneizar a massa ao mais próximo possível do produto para o qual ela esta
sendo utilizada no momento.
- O processo de cilindragem tem também o
objetivo de homogeneizar a massa, por meio de sucessivas passagens da mesma pelo
cilindro. Quem vai decidir se a massa já pode dar procedimento para outra
maquina será o padeiro, após avaliar a textura da mesma, pelo toque e pela
aparência.
- A divisora é uma espécie de prensa, que
irá dividir uma massa de pão crua, com peso estabelecido pelo padeiro em trinta
partes similares.
- Modeladora, tem como finalidade modelar
a maioria dos pães no seu formato final.
- A câmara de crescimento, funciona como
uma estufa, e serve para dar o descanso aos pães para o seu devido crescimento.
O tempo que ele irá permanecer nesta estufa, quem determinará será a quantidade
de fermento utilizado e o tipo de pão que se quer obter.
- O forno serve para assar os pães,
dependendo do pão a ser assado, a temperatura e o processo irar variar. No caso
do pão francês, a temperatura varia entre 150° a 200°, ocorrendo um processo de
vaporização dentro do forno.
O tempo que o produto passara na masseira e no
cilindro, são fundamentais para se obtiver uma massa de textura leve e de boa
apresentação no final.
O layout da padaria pode ser observado
através da Figura 5:
Figura 5: Planta baixa atual
Para entender porque da mudança deste layout é
necessário observar o mapofluxograma de produção de pães de francês, como
veremos a seguir na Figura 6:
Figura 6: Mapofluxograma atual
Analisando o fluxo durante a produção podemos observar
que pode haver uma melhoria na organização deste sistema, pois o posicionamento
das atividades no sistema realizados neste arranjo físico é confuso e
desorganizado, o deslocamento para as atividades subsequentes são grandes. Sendo
assim foi sugerido o layout na Figura 7, que consistiu em um novo mapofluxograma,
que pode ser observado na Figura 8:
Figura 7: Layout proposto
Analisando a Figura 7, podemos perceber que foi
retirada uma parede que servia de divisória, foram rearranjados os equipamentos
numa forma lógica, como veremos na Figura 8 a seguir:
Figura 8: Mapofluxograma proposto
Na Figura 8, podemos perceber que o fluxo de produção
segue uma lógica e objetiva, reduzindo o caminho percorrido.
Na Tabela 1 a seguir, podemos analisar que o novo
layout em que foi proposto teve melhorias significativas em que podemos
observar (uma redução de aproximadamente 60% do deslocamento do produto durante
todo o sistema produtivo).
Caminho
percorrido para a execução da atividade
|
Distancia Atual
|
Distancia
proposto
|
Melhoria
(%)
|
Mistura dos
ingredientes
|
43,21
m
|
6,77
m
|
84,33
|
Cilindro
|
2,52
m
|
1,97
m
|
21,82
|
Pesagem dos
pequenos lotes
|
9,5
m
|
6,36
m
|
33,05
|
Divisora
|
19,29
m
|
3,18
m
|
83,51
|
Modeladora
|
9,69
m
|
1,90
m
|
80,39
|
Bancada para
organizar nas formas
|
6,16
m
|
8,13
m
|
(31,98)
|
Estufas
|
7,66
m
|
1,05
m
|
86,29
|
Fornos
|
30,89
m
|
10,4
m
|
66,33
|
Despacho dos
pães
|
17,7
m
|
18,98
m
|
(7,23)
|
Total
|
146,62
m
|
58,74
|
59,93
|
Tabela 1:
Comparativo entre as distâncias do layout atual e proposto
Contudo, podemos analisar que nas atividades “Bancada
para organizar nas formas” que passou de 6,16 metros para 8,13 metros aumentou
31,98% e no ponto “Despacho dos Pães” em que o deslocamento passou de 17,7
metros para 18,89 metros representando 7,23% de aumento, mas podemos analisar
que nas outras atividades foram reduzidas e assim representando quase 60% ou
87,88 metros.
5. Conclusão
Neste artigo objetivou o uso de ferramentas e métodos
para elaborar uma proposta do novo arranjo físico, para isso foram utilizadas
duas ferramentas: fluxograma e mapofluxograma. O uso de software foi necessário
para quantificar os dados com o máximo de precisão e assim servindo como
ferramenta de análise do arranjo proposto, as medidas calculadas no AutoCAD
versão 2006 foram essenciais para se gerar um indicador para a suposta
melhoria, no caso a distância percorrida do fluxo transformado.
Com esse trabalho podemos concluir que uma das
maneiras de se obter um bom layout é na escolha ou identificação correta do
sistema produtivo e após isto, deve realizar o estudo da movimentação feita de
uma operação ou atividade para outra, onde para isso há uma necessidade de se
conhecer, de forma detalhada, todo o processo produtivo e suas respectivas restrições.
Para isso foram realizadas análises no modelo antigo
buscando melhorias no processo, sendo assim foram observados problemas
relacionados ao dimensionamento de algumas máquinas e equipamentos, bem como
alguns postos de trabalho que são de suma importância para o processo. Podemos
perceber que o sistema produtivo da padaria é um sistema por lote
Após a análise e a criação do novo layout podemos
perceber que as mudanças podem trazer melhorias significativas ao sistema que
segundo Corrêa, Corrêa (2008) um bom projeto de arranjo físico pode visar tanto
eliminar atividades que não agreguem valor, como enfatizar atividades que
agreguem:
a)
Minimizar
os custos de manuseio e movimentação interna de materiais;
b)
Utilizar
o espaço físico disponível de forma eficiente;
c)
Apoiar
o uso eficiente da mão-de-obra, evidenciando que esta se movimenta
desnecessariamente;
d)
Facilitar
comunicação entre as pessoas envolvidas na operação, quando adequadas;
e)
Reduzir
tempos de ciclos dentro da operação, garantindo fluxos mais linearizados,
sempre possível e coerente com a estratégia;
f)
Facilitar
a entrada, saída e movimentação dos fluxos de pessoas e de matérias;
g)
Incorporar
medidas de qualidade e atender a exigências legais de segurança no trabalho;
h)
Facilitar
manutenção dos recursos, garantindo fácil acesso;
i)
Facilitar
acesso visual às operações, quando adequado;
Neste trabalho foram utilizados alguns conceitos para
uma boa elaboração do layout como foi apresentado anteriormente. A obediência
ao fluxo de operação é essencial, pois caso não cumprisse com o sequenciamento
será necessário realizar a reengenharia, a busca pela mínima distância é
importantíssimo, pois é um fator que gera altos custos e aumenta os riscos ao
produto como de acidente e falha (Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009)
existem sete fontes de desperdício entre eles o de movimentação e transporte),
neste sentido podemos analisar que na proposta foi conquistado 59,93%, sendo
assim um valor muito representativo.
A flexibilidade é outro princípio que foi utilizada,
pois de acordo com o sistema produtivo, no caso o sistema em lote, pois a
produção é sequenciada em lote e segue uma série de operações que necessita ser
programada à medida que as operações anteriores forem sendo realizadas,
tornando assim um arranjo que mais se adequasse as necessidades dos clientes.
Portanto, podemos concluir que a proposta de um novo
arranjo físico foi realizada com uma redução de aproximadamente 60% em
distância percorrida, mas podemos analisar que o uso dos princípios foi
essencial para o bom layout possibilitando um arranjo flexível, simples e com
clareza do fluxo.
Referências
BARNES, Ralf Mosser.
Estudo de tempos e movimentos: Projeto e
medida do trabalho. 6ª ed. São Paulo, Edgard Blücher, 1977.
CASSEL, R. A. “Desenvolvimento de uma abordagem para a
divulgação da simulação no setor calçadista gaúcho”. Porto Alegre, 1996.
147p. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção, PPGEP, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA,
Carlos A. Administração de Produção e Operações: Manufatura e serviços: Uma abordagem estratégica. - 2ª Ed- 3ª
reimpr.- São Paulo: Atlas, 2008.
Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>
Acesso em: 29 de abril de 2012.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SLACK,
Nigel; CHAMBERS, Stuart; JONHNSTON, Robert. Administração
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2009.
TOLEDO JÚNIOR, Itys-Fides
Bueno de. Layout.
Arranjo Físico. Itys-Fides
Bueno de Toledo Jr & Cia. Ltda. Mogi das Cruzes, 1988.
TUBINO, Dalvio Ferrari.
Planejamento e Controle da Produção: Teoria
e Prática. - 2ª ed. São Paulo, Atlas, 2009.
VILLAR, Antonio de Melo;
NÓBREGA JÚNIOR, Claudio Lins. Planejamento das instalações industriais. João Pessoa: Manufatura.
2004.
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